Morreu na noite deste domingo (4), aos 94 anos, Raimundo Nonato de Jesus Dutra, conhecido como Raimundinho Dutra, um dos mais importantes compositores da história do Boi Bumbá Caprichoso. Figura emblemática do Festival de Parintins, ele deixa um legado profundo na cultura popular amazonense.
Servidor aposentado da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Raimundinho é lembrado por toadas que marcaram gerações e encantaram multidões, como Aquarela do Touro Negro, Meu Cântico de Guerra, Morena Vem Ver e Solo Amado.
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Sua última composição para o Caprichoso foi em 2003: Parintins Caprichoso, interpretada por Robson Júnior.
O artista será sempre lembrado por sua dedicação à música folclórica e ao boi-bumbá, símbolo maior da tradição cultural de Parintins.
Em nota, o presidente do Boi Caprichoso, Rossy Amoedo, se solidarizou com a família de Raimundinho Dutra e foi decretado luto oficial de três dias na agremiação.
“Foi ao som de suas composições que o Boi Caprichoso ganhou vida nas ruas de Parintins, nos primórdios desta manifestação popular que hoje encanta o mundo. Sua contribuição para a preservação e valorização da nossa cultura é imensurável, e seu legado permanecerá vivo na memória de todos os azulados. Obrigado por tudo, Raimundinho. Sua poesia viverá para sempre”, diz a nota.