Na manhã desta segunda-feira (26/05), um homem identificado como Osvan Uchôa, de 36 anos, foi preso após invadir um condomínio de luxo no bairro Ponta Negra, zona oeste de Manaus, e tentar assassinar a sua ex-mulher e a própria filha. O caso também envolveu uma tentativa de homicídio contra um policial civil e seguranças do local. O agressor afirmou ser membro de uma facção criminosa e resistiu à prisão por cerca de 30 minutos.
O episódio violento ocorreu no conjunto Marina Tauá, onde Osvan tentou entrar por volta das 6h, mesmo após ser impedido pela equipe de segurança a pedido de sua mãe, proprietária do imóvel. Segundo o delegado Ivo Martins, titular do 19º Distrito Integrado de Polícia (DIP), o suspeito já possuía diversos boletins de ocorrência por violência doméstica envolvendo outras ex-parceiras.
“Ele tem um histórico de agressões contra mulheres, e não é a primeira vez que se envolve em situações como essa. Agora, foi autuado em flagrante por dupla tentativa de feminicídio e tentativa de homicídio contra os seguranças do condomínio”, destacou o delegado.
De acordo com as investigações, Osvan estava sob o efeito de entorpecentes no momento da invasão. A motivação seria o fato de que sua esposa e filha estavam escondidas na casa da sogra, após um episódio anterior de agressão que levou a um pedido de medida protetiva. Furioso, ele tentou arrombar a porta do banheiro onde a mulher e o filho do casal se trancaram no apartamento do condomínio, deixando marcas de sangue e pegadas no local.
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Após a entrada no imóvel, ele se armou com uma faca e passou a fazer ameaças. A mãe do suspeito conseguiu fugir da casa e alertar os vizinhos e autoridades. Durante a ação, seguranças foram atacados, e um policial civil que mora no condomínio foi o primeiro a acionar a polícia.
Durante a negociação com a Força Tática da Polícia Militar, o agressor declarou que fazia parte de uma facção criminosa e que “só sairia morto”. O tenente Adriano Valente, que participou da operação, relatou que foi necessário uso progressivo da força para contê-lo.
“Ele dizia que fazia parte de facção e ameaçava não sair vivo. Após muita negociação, ele passou a faca por debaixo da porta, mas ficou preso na escada, ferido e sangrando. Tivemos que arrombar a porta para efetuar a prisão”, explicou o tenente.
Após ser contido, Osvan foi socorrido por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levado ao Hospital 28 de Agosto para cuidados médicos, devido a cortes profundos nos punhos e braços causados por ele mesmo. Depois do atendimento, foi conduzido à carceragem, onde permanece sob custódia.