Nesta sexta-feira (9), a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), emitiu uma nota oficial para negar que a influenciadora amazonense Valéria Pantoja, tenha morrido por complicações de um procedimento cirúrgico em Manaus.
A nota foi motivada por uma série de comentários nas redes socais e até mesmo em veículos de comunicação, que vinculam o óbito à cirurgia que a esteticista realizou seis meses antes da morte no último domingo, dia 4.
“É importante ressaltar que não há nenhum laudo médico oficial divulgado a causa morte da paciente. É fundamental o entendimento de que há inúmeras possíveis causas de mortalidade não relacionadas com o procedimento cirúrgico, sobretudo considerando o extenso período já transcorrido após a cirurgia”, diz trecho da nota.
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De acordo com a família, Valéria passou mal na madrugada, foi levada a um hospital debilitada e não resistiu. Um laudo do Instituto Médico Legal (IML) de Manaus deve esclarecer a causa da morte.
Confirma a nota da entidade na íntegra:
“A Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM) vem à público esclarecer fatos importantes sobre o falecimento da influenciadora digital de beleza Valéria Pantoja, ocorrido no último domingo, 4 de maio de 2025, em Manaus (AM), vítima de um mal súbito.
Veículos de imprensa, blogs e outros meios de comunicação repercutiram o falecimento da jovem e induziram a população a associar a cirurgia bariátrica como causa do óbito.
No entanto, é importante ressaltar que não há nenhum laudo médico oficial divulgado a causa morte da paciente. É fundamental o entendimento de que há inúmeras possíveis causas de mortalidade não relacionadas com o procedimento cirúrgico, sobretudo considerando o extenso período já transcorrido após a cirurgia.
Segundo informações obtidas pela SBCBM, ela foi submetida ao tratamento cirúrgico da obesidade, em novembro de 2024, em Manaus. Ou seja, o óbito ocorreu 6 meses após a realização do procedimento.
Segundo informações obtidas pela SBCBM, a paciente Valéria foi submetida ao tratamento cirúrgico, no dia 1º de novembro de 2024, no Hospital Santa Júlia, em Manaus. Ou seja, o óbito ocorreu 6 meses e 4 dias após a realização do procedimento.
A cirurgia bariátrica é um procedimento que existe há cerca de 50 anos, com estudos científicos que avaliaram durante décadas pacientes operados, apontando que a taxa de mortalidade em 30 dias após a cirurgia bariátrica foi de apenas 0,13%, com taxa geral de complicações graves abaixo de 5% — valores semelhantes ou inferiores aos de cirurgias de vesícula ou apendicite. Este estudo – publicado no Journal of the American College of Surgeons analisou mais de 66 mil pacientes
Hoje, a cirurgia bariátrica é amplamente padronizada, segura e recomendada por sociedades médicas internacionais como tratamento eficaz da obesidade severa e de doenças metabólicas como o diabetes tipo 2.
A Sociedade reitera ainda que pacientes que passam pela cirurgia bariátrica estão sujeitos a doenças e fatalidades, assim como pessoas que não passaram pelo procedimento.
A SBCBM lamenta a morte prematura da jovem, presta condolências e deseja força e serenidade à sua família“.