Entre janeiro e abril de 2025, o Hospital e Pronto-Socorro 28 de Agosto, em Manaus, contabilizou mais de 3.700 cirurgias de média e alta complexidade, consolidando-se como um dos principais centros cirúrgicos da rede pública de saúde no Amazonas. Integrante do Complexo Hospitalar Sul (CHS), a unidade tem mantido uma média de 31 procedimentos cirúrgicos por dia, demonstrando alta capacidade operacional e eficiência no atendimento hospitalar.
A ortopedia foi a especialidade com maior número de intervenções, representando mais de 34% do total, com aproximadamente 1.300 cirurgias realizadas. Em seguida, destacam-se a cirurgia geral, com 743 procedimentos, e a urologia, que registrou 447 atendimentos no período. Esses números reforçam a demanda crescente por serviços especializados e a importância do hospital como referência em cirurgias complexas no estado.
Segundo a secretária de Estado de Saúde, Nayara Maksoud, os resultados são fruto dos investimentos do Governo do Amazonas na qualificação da rede cirúrgica. “O governador Wilson Lima vem investindo fortemente em tecnologia, insumos e capacitação das equipes. Isso melhora a qualidade do atendimento e reduz o tempo de espera dos pacientes, o que é fundamental para avançarmos em número e qualidade cirúrgica na nossa rede de saúde.”
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O diretor técnico do CHS, Roberto Zonta, ressaltou que a unidade conta com seis salas de operação em funcionamento contínuo, sustentadas por uma equipe multiprofissional composta por cirurgiões, anestesistas, instrumentadores, enfermeiros, técnicos e profissionais de apoio. “A estrutura, a logística e, principalmente, a dedicação das equipes fazem toda a diferença para que os pacientes recebam o melhor cuidado possível”, enfatizou.
Com uma média de 328 cirurgias ortopédicas por mês, o setor é impulsionado principalmente pelo atendimento a vítimas de acidentes de trânsito, especialmente envolvendo motociclistas. “A falta de proteção em quem anda de moto favorece a ocorrência de traumas graves”, alerta o ortopedista e responsável técnico do setor, Thiago Dias.
Entre os casos mais comuns estão fraturas de fêmur, tíbia e úmero, muitas delas causadas por acidentes de alta energia que exigem procedimentos complexos e atuação de subespecialidades como cirurgia de quadril, joelho e ombro.
“O hospital está estruturado para atender esses casos. Utilizamos materiais de ponta, como próteses de quadril importadas, placas bloqueadas para fraturas complexas e hastes para fêmur e tíbia, o que nos permite oferecer um serviço de excelência dentro de um hospital público”, destacou Thiago.
O paciente César Morales, que sofreu um acidente de moto e precisou passar por cirurgia na unidade, elogiou o atendimento. “Eles fizeram todos os exames e constataram que eu tinha quebrado a clavícula. Marcaram a minha cirurgia e foi tudo muito rápido e tranquilo. O tempo entre a minha entrada e a cirurgia realmente foi muito curto”, contou.
A cirurgia geral foi a segunda especialidade com maior número de procedimentos no Hospital, com média de 185 cirurgias mensais, principalmente colecistectomias e laparotomias. Já a Urologia ficou em terceiro lugar, com média de 111 procedimentos por mês, destacando-se na implantação e retirada de cateter duplo J, traqueostomias e enxertos de pele, atendendo principalmente pacientes com traumas ou complicações no trato urinário.