O número de municípios em situação de emergência devido à cheia dos rios no Amazonas subiu para 23, conforme atualização feita nesta terça-feira (20) pelo Comitê Permanente de Enfrentamento a Eventos Climáticos e Ambientais. Até o momento, cerca de 55.368 famílias foram afetadas, o que representa aproximadamente 221.461 pessoas diretamente impactadas em todo o estado.
As nove calhas dos rios amazonenses permanecem em processo de cheia, com previsão de picos em diferentes regiões entre os meses de março e julho. A situação se agrava com o avanço das águas, provocando prejuízos e exigindo resposta rápida das autoridades.
De acordo com os decretos municipais, dos 62 municípios do Amazonas, 23 estão em Situação de Emergência, 34 em estado de Alerta, três em Atenção, e apenas dois seguem em situação de normalidade. Os municípios de Anamã, Careiro da Várzea e Maraã foram os mais recentes a entrarem em estado de emergência.
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Assistência Humanitária
Para mitigar os impactos da cheia, o Governo do Estado já distribuiu 250 toneladas de cestas básicas, 600 caixas d’água de 500 litros, 57 mil copos de água potável fornecidos pela Cosama e 10 kits purificadores de água do programa Água Boa. As ações de assistência beneficiaram diretamente as populações de Manicoré, Apuí, Humaitá, Borba, Boca do Acre e Novo Aripuanã.
Reforço na Saúde
A Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES-AM) também intensificou o apoio às áreas afetadas, com o envio de 72 kits de medicamentos para Apuí, Boca do Acre, Manicoré, Humaitá, Ipixuna, Guajará e Novo Aripuanã, beneficiando mais de 35 mil moradores.
Além disso, o município de Manicoré recebeu uma nova usina de oxigênio, com capacidade para produzir 30 metros cúbicos por hora — mais que o dobro da capacidade da antiga usina. Já para Apuí, foram enviados seis cilindros de oxigênio para reforçar o estoque de emergência do hospital local, que já conta com sua própria usina. A cidade também foi contemplada com medicamentos e insumos hospitalares para melhorar o atendimento à população.
As autoridades seguem monitorando a situação das cheias e mobilizadas para prestar assistência humanitária e de saúde à população afetada, diante de um dos períodos mais críticos do calendário hidrológico da região.