Não é por falta de impostos que os brasileiros não terão uma vida melhor. O painel Impostômetro, da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), registrou neste segunda mais de R$ 1 trilhão e 541 bilhões em impostos pagos pela população.
O valor inclui arrecadação de impostos, contribuições, taxas e tributos federais, como IR, IPI, IOF, CSLL, Cofins, PIS/Pasep, Cide, Previdência e FGTS, entre outros que o brasileiro paga todo santo dia. A base de dados utilizada pelo sistema é composta por informações da Receita Federal, Tesouro Nacional, TCU, IBGE e Caixa Econômica Federal, e formulada por equipes de economistas especilaizados.
Apesar do Governo Federal prometer cobrar menos impostos, o valor representa um aumento de 8,3% em relação ao mesmo período de 2024, quando o valor arrecadado foi de R$ 461,6 bilhões. Ou seja, o brasileiro está pagando mais.
Na média, o brasileiro trabalha 150 dias do ano só para pagar impostos. Equivale a mais e 40% do tempo produtivo anual.
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O Estado de São Paulo lidera o ranking da arrecadação, respondendo por 37,3% de todo o valor. Na sequência aparecem o Rio de Janeiro (13,7%) e Minas Gerais, com (7%), reforçando a concentração da carga tributária em regiões de maior atividade econômica.
Menos impostos
Reajustes de alíquotas do ICMS, a reoneração dos combustíveis, a tributação de incentivos fiscais dos estados e medidas do governo federal, incluindo tributos de offshore, ajudam a explicar a arrecadação.
O presidente da Câmara, Hugo Motta, pautou o requerimento de urgência ao projeto que proíbe descontos de entidades associativas na folha de aposentados e pensionistas. O projeto revoga o artigo da lei de benefícios da Previdência, que permite o desconto com a autorização do filiado. Na prática, a votação da urgência acelera a tramitação da proposta. Faz com que ela seja analisada em plenário direto, sem passar pelas comissões.
Outro projeto que é considerado prioridade para o governo, o que isenta do pagamento de Imposto de Renda quem ganha até R$ 5 mil, vai ser discutida na comissão especial. Nesta terça-feira (20/5), pela manhã, a comissão ouve o secretário de Reformas Econômicas do Ministério da Fazenda, Marcos Barbosa Pinto, além de pesquisadores e economistas. A previsão do presidente da Casa é concluir a votação até o dia 30 de setembro.
