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Cultura

Autores amazonenses lançam coletânea de contos que retratam a vivência de pessoas pretas na Amazônia

Redação Segundo a Segundo
Atualizado em 2025/05/22 at 5:36 PM
Redação Segundo a Segundo 5 horas atrás
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Foto: Divulgação
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Os escritores Carla Medeiros, Francisco Ricardo e Raescla Ribeiro realizam na segunda-feira, 26 de maio, às 18h30, o lançamento de uma coletânea em livro e audiolivro “Rio Negro de Pessoas Pretas”, na Biblioteca Genesino Braga, localizada no Centro de Educação Tecnológica do Amazonas (Cetam), bairro Novo Aleixo, zona leste de Manaus.

A obra coletiva reúne memórias, ficção e crítica social, com foco na identidade negra amazônida, abordando temas como racismo estrutural, ancestralidade africana na Amazônia e a relação afetiva com o território amazônico. O projeto se destaca por valorizar narrativas negras no contexto da literatura regional e nacional.

O evento de lançamento contará com uma fala coletiva dos autores sobre o processo de criação e os desafios de escrever como autores negros em Manaus. Na sequência, será realizada a leitura de trechos selecionados do livro, seguida de uma roda de conversa com o público, que poderá interagir com os escritores e discutir temas como representatividade negra na literatura, vivências periféricas e pertencimento.

Além do lançamento do livro, o evento também promoverá a doação de livros de autores negros, nacionais e internacionais, para o acervo da Biblioteca do Cetam, fortalecendo o acesso à literatura negra e à valorização da diversidade cultural na educação pública.

LEIA TAMBÉM: Concurso dos Correios vai destinar 30% das vagas para pessoas negras e indígenas

Além dos autores, o projeto contou com a colaboração da multiartista Skarlati Kemblin (@dacordobarro), responsável pelas ilustrações da obra. A identidade visual traz elementos de colagem em preto, cinza e amarelo, refletindo a proposta literária: uma tessitura de narrativas plurais, onde o cotidiano periférico e a floresta se entrelaçam. A artista Wendy Ohara, negra, travesti e da periferia de Manaus, compôs uma música que integra a introdução do livro.

De acordo com a artista  Skarlati Kemblin, nessa obra se vê  histórias de vida que perpassam por várias camadas da sociedade, e todas elas têm algo em comum, o ato de resignificar.

“O livro é uma reunião de memórias vivas da cidade de Manaus, e como alguém que vive de muitas maneiras as cenas da cidade, foi muito especial receber o convite para dar imagem e textura às narrativas do livro. É um compromisso que a gente tem enquanto artistas da nossa cidade, refletir não apenas sobre nossas tensões, mas como resistimos para além delas”, destaca. 

A artista ressalta ainda  a importância da obra para a sua vivência enquanto artista. “Com certeza este livro vem com o sentido de valorizar nossas produções, nossas histórias e explodir ficções a partir da realidade. Então foi como caminhar entre o real e o imaginário. Sou muito grata pelo convite de poder participar dessa realização ao lado de pessoas ativas e vivas, que compõem a nossa cena. Abre caminho para que a gente veja parte desse rio, e reflita sobre nossas memórias negras na e da cidade”, finalizou  Skarlati Kemblim. 

Sobre os autores da coletânea

O escritor e artista visual, Francisco Ricardo conta como aconteceu todo o processo de criação da obra, até o seu lançamento. “Desde o início, devido a experiências em outros livros que colaborei, busquei envolver mulheres negras e LGBTQIA+, começando pela Carla Medeiros e posteriormente a Raescla Ribeiro, que junto a mim se juntaram e enriqueceram o livro com as suas perspectivas, que, são completamente diferentes entre nós autores, e essa foi uma melhores surpresas, a construção coletiva dentro de um processo demorado, pois nos inscrevemos em vários editais para sermos contemplados”, disse. 

Carla Medeiros, professora e mãe, resgata a infância na periferia. A autora relata que a sua escrita tem como maior referência dentro da literatura de autoria feminina negra, a escritora Conceição Evaristo, que tem um conceito muito famoso, que é o de escrevivência. 

“E eu acho que a minha escrita se encaixa bastante dentro desse conceito de escrevivência. Porque os meus textos estão muito permeados pelo  que eu vivo, do que eu vi, não só eu, como também as pessoas ao meu redor. Eu moro desde que eu nasci no Zumbi dos Palmares, na zona Leste, então a minha escrita reflete isso, a vivência de uma mulher preta, que me permitiu descobrir dentro desse microcosmo,  que é a rua da minha casa, o bairro onde eu moro, escrever não como um homem branco eu europeu, mas como a minha própria realidade, minhas próprias experiências”, disse Carla Medeiros. 

A escritora explica ainda que dentro da coletânea, sente muito orgulho do que produziu. “Eu tenho orgulho do que eu escrevi, acho que é verdadeiro, é original e vem de um lugar de reconhecimento, de pertencimento, não é uma vangloriação, nem egocentrismo, mas é de um lugar realmente de encontrado a sua voz e o seu espaço dentro da literatura. Então, eu posso afirmar que tem espaço para mim na literatura, e no livro, os meus contos refletem isso”, pontua Carla. 

Raescla Ribeiro, doutoranda em Educação traz contos na coletânea que denunciam o racismo estrutural, além de sua escrita carregar uma mescla de vivências pessoais com elementos ficcionais. 

“Preservo pouco dos acontecimentos originais, mas eles são importantes para iniciar qualquer um dos meus textos. Percebo também, que recorrentemente meus textos são escritos a partir de capturas de imagens que tenho em minha memória. Isso é muito frequente no meu processo de escrita, no meu livro infantil “Mamãe Noel de Nina” a memória da travessia pelo encontro das águas foi uma das imagens que alavancou a redação do texto. Nos contos que escrevi para esse livro, ocorreu o mesmo.

A autora relata ainda que as experiências ao longo de sua vida como ser recorrentemente confundida com funcionárias de lojas em shoppings da cidade, ver um vendedor trancar um produto logo após ter tocado e as companhias insistentes de alguns seguranças foram imagens e memórias que impulsionaram a escrita do texto “Amanhecer entre tempos”.

“O segundo conto presente no livro relaciona-se com sensações tanto minhas enquanto docente quanto com vivências da minha mãe. Mas pouco há de nós nas personagens. É como comentei logo no início, as imagens que tenho são pontos de partida, mas não são transferências diretas para os textos. Meu último conto refere-se a imagens que captei durante um passeio que fiz com a minha esposa quando ainda estávamos namorando. E as araras são uma referência, as araras que sobrevoaram surpreendentemente nosso  casamento durante a cerimônia”, destacou Raescla Ribeiro. 

A escritora, que tem como referências e inspirações Octavia Butler, Machado de Assis e Dostoiévski, enfatiza que: “Tento escrever com todos os sentidos, para provocar uma experiência mais próxima às pessoas leitoras através da coletânea. Mas acredito que a visão ainda se sobressai na minha escrita, a partir da captura dessas fotografias do cotidiano”, finaliza. 

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Redação Segundo a Segundo 22/05/2025 22/05/2025
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