O estado do Amazonas registrou 1.229 mortes de crianças entre 0 e 4 anos em 2024, uma redução de aproximadamente 20% em relação aos 1.494 óbitos de 2023. Os dados, divulgados pelo Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde, e analisados pela Organização Nacional de Acreditação (ONA), apontam uma tendência nacional de queda na mortalidade infantil, mas ainda acendem o alerta para causas evitáveis que continuam a impactar a vida de milhares de famílias.
Em todo o Brasil, foram contabilizadas 35.450 mortes infantis em 2024 — o menor número dos últimos três anos. Isso representa uma queda de 8,02% em relação a 2022, quando o país somou 38.540 óbitos infantis. Apesar do avanço, especialistas destacam a necessidade de reforçar ações preventivas, como vacinação, nutrição adequada, acesso ao pré-natal e atenção básica à saúde.
As principais causas de óbito incluem infecções, desnutrição, doenças imunizáveis, malformações congênitas e complicações no período perinatal. Muitas delas podem ser evitadas com uma assistência médica adequada, cuidado hospitalar qualificado e políticas públicas eficazes.
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“Garantir a adesão aos protocolos de segurança, como a correta identificação dos pacientes e a prevenção de infecções, faz toda a diferença”, afirma Gilvane Lolato, gerente geral de Operações da ONA. Ele ressalta também a importância da capacitação contínua das equipes de saúde e da criação de ambientes hospitalares acolhedores, principalmente para recém-nascidos e crianças com doenças crônicas.
Regionalmente, o Sudeste concentrou o maior número de mortes infantis (12.245), seguido pelo Nordeste (10.442), Norte (4.992), Sul (4.230) e Centro-Oeste (3.321). Apesar de apresentar uma queda significativa, o Amazonas ainda enfrenta desafios no combate às causas evitáveis de óbito, especialmente em regiões mais isoladas.
O resultado positivo é reflexo de campanhas de vacinação, incentivo ao aleitamento materno, acesso ao acompanhamento pediátrico e maior investimento em saúde pública. No entanto, a redução das mortes infantis exige vigilância constante e comprometimento de todos os níveis de governo e da sociedade.