Após a corrida inicial pelo resgate de valores esquecidos em contas de instituições financeiras, o interesse dos brasileiros no programa “Valores a Receber”, do Banco Central, perdeu força. Mais de R$9 bilhões permanecem disponíveis no sistema, sem movimentação, apesar de ainda poderem ser resgatados.
Segundo levantamento atualizado do Banco Central, aproximadamente R$6,9 bilhões pertencem a 46 milhões de pessoas físicas, enquanto R$2 bilhões são de cerca de 4 milhões de empresas. Quase um milhão de pessoas têm valores superiores a R$ 1.000 esquecidos em contas bancárias. No entanto, a maior parte dos saldos (64%) é de até R$ 10.
O prazo final para o resgate, que estava previsto para encerrar nesta semana, foi suspenso. O governo federal pretendia incorporar os valores ao Tesouro Nacional, conforme autorização do Congresso concedida em 2024, mas o procedimento ainda não foi iniciado, segundo o Ministério da Fazenda.
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Enquanto isso, os valores continuam disponíveis para retirada. A consulta e o pedido de resgate devem ser feitos exclusivamente pelo site oficial do programa: https://valoresareceber.bcb.gov.br. A devolução dos recursos é feita via chave PIX. Caso o usuário não tenha uma, será necessário entrar em contato diretamente com a instituição financeira para acertar os detalhes da transferência — ou cadastrar uma chave e retornar ao sistema para concluir a solicitação.
No caso de recursos vinculados a pessoas falecidas, herdeiros e representantes legais podem consultar os valores, desde que preencham um termo de responsabilidade e sigam os trâmites exigidos pelas instituições envolvidas.
O programa “Valores a Receber” reúne recursos oriundos de contas inativas, tarifas cobradas indevidamente, cotas de consórcio não resgatadas, entre outros valores mantidos por bancos e outras instituições financeiras.
