O Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM) recorreu da decisão da Justiça, que havia absolvido quatro policiais militares acusados de tentativa de homicídio e constituição de milícia privada, durante o chamado “Fim de Semana Sangrento”, entre 17 e 19 de julho de 2015. A sentença foi proferida na última semana pelo juiz de Direito André Luiz Muquy.
As acusações contra os policiais militares Dorval Junio Carneiro de Matos, Bruno Cezanne Pereira, Germano da Luz Júnior e Janilson Monteiro da Frota envolviam duas tentativas de homicídio, em 19 de julho de 2015. Washington Campos de Sena e Tiago Campos de Sena foram atingidos por disparos de arma de fogo na calçada de sua residência; e contra Michael da Rocha Rodgers, atingido dentro da própria casa, em 10 de outubro de 2015.
O Ministério Público não concordou com o posicionamento da Justiça e entrou com recurso para ter a sentença modificada e afirmou que não se trata de uma acusação sem embasamento, mas sim formada por todo um conjunto probatório.
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Os policiais foram presos durante a operação Alcateia, deflagrada para desarticular um grupo de extermínio formado por policiais militares, apontado como responsável por uma série de assassinatos que vitimaram mais de 30 pessoas em Manaus, durante um final de semana de 2015. Segundo as investigações, os crimes teriam sido cometidos em retaliação à morte do sargento da Polícia Militar Afonso Camacho Dias, assassinado na tarde de 17 de julho de 2015, no bairro Educandos, zona Sul da capital.