Estão suspensas em todo o País a realização de exposições, torneios, feiras e demais eventos com aglomeração de aves, assim como a criação de aves ao ar livre, com acesso a piquetes sem telas na parte superior. A Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Amazonas (Adaf) explica que as medidas estão previstas na Portaria nº 782, mas não alcançam criadores de aves de subsistência.
Segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), as proibições têm o objetivo de prevenir o risco de ingresso e disseminação da influenza aviária de alta patogenicidade na avicultura comercial. O risco iminente da doença no território nacional acontece em função de novos focos da doença na América do Sul.
Conforme a legislação, os eventos agropecuários com aglomeração de aves poderão ser realizados apenas quando autorizados pelo Serviço Veterinário Estadual. Nestes casos, as autorizações vão depender da avaliação da situação epidemiológica do Estado e da apresentação de um plano de biosseguridade pelos organizadores do evento, contendo a descrição das medidas de prevenção e controle para mitigar o risco de introdução e disseminação da influenza aviária.
A proibição da criação de aves ao ar livre contempla aves de produção, ornamentais, passeriformes, aves silvestres ou exóticas em cativeiro e demais aves criadas para outras finalidades. A Portaria nº 782/2025 tem duração de 180 dias e pode ser prorrogada pela Secretaria de Defesa Agropecuária do Mapa.
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Para manter o status sanitário do Brasil, que é o maior exportador de carne de frango do mundo, a Adaf orienta que os avicultores reduzam a visita de pessoas alheias à produção, tenham atenção à manutenção de telas e cercas, cuidados com a qualidade da água e evitem o acesso de aves silvestres, que estão vindo na rota migratória, do Hemisfério Norte, com chance de introdução da doença no Estado.
A Influenza Aviária de Alta Patogenicidade é causada por vírus, com alto índice de contágio e impactos severos para a avicultura. A doença pode causar tosse, espirros, secreção ocular e nasal, diarreia, desidratação, apatia, falta de coordenação motora, perda de apetite, inchaços na cabeça e pescoço, hemorragia nas pernas e queda drástica na produção de ovos, além de aumento repentino na mortalidade das aves.
Ao notarem esses sintomas, as pessoas não devem recolher as aves doentes ou mortas, apenas isolar a área e notificar a suspeita em uma unidade da Adaf, pelo telefone (92) 99255-5409.