Nesta semana, o deputado federal Sidney Leite (PSD) articulou uma reunião entre lideranças empresariais do Amazonas e o secretário especial da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, para buscar uma solução que garanta celeridade na liberação de cargas destinadas às empresas da Zona Franca de Manaus (ZFM) durante a greve dos auditores-fiscais. A estimativa é que mais de 180 contêineres aguardem a análise dos servidores federais.
Sidney Leite destacou que os reflexos da mobilização são preocupantes, especialmente porque a economia do estado já enfrentou dificuldades devido à seca histórica dos rios amazonenses, que prejudicou a navegação de insumos e produtos. “Essa operação-padrão tem atrasado a liberação de insumos, o que nos preocupa. Esse diálogo foi importante para a construção de soluções”, afirmou.
O Centro das Indústrias do Estado do Amazonas (CIEAM) realizará um mapeamento dos insumos e produtos que aguardam a análise dos auditores-fiscais, bem como do tempo necessário para a liberação. “A Receita Federal vai somar esforços para evitar prejuízos à economia do nosso estado e impedir a necessidade de paralisação de linhas de produção ou até mesmo demissões”, enfatizou o parlamentar.
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O presidente do CIEAM, empresário Lúcio Flávio, considerou o encontro produtivo. “Vamos estudar ações que possam mitigar esse problema e permitir a liberação das cargas, evitando a paralisação das fábricas em Manaus.”
Segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros), eventuais atrasos na produção em Manaus podem impactar o mercado consumidor em todo o país.
“A nossa preocupação é antecipar possíveis riscos de paralisação mais intensa das linhas de produção e do desabastecimento do comércio. Alguns produtos são fabricados exclusivamente em Manaus, como ar-condicionado, televisores e bens de informática. Se a produção for interrompida, o país inteiro será afetado”, alertou o presidente da Eletros, Jorge Junior.
