OrganizaçÔes de todas as verticais tĂȘm buscado meios de utilizar a IA – InteligĂȘncia Artificial em suas infraestruturas de TI – agora essa tecnologia Ă© usada tanto como protagonista quanto coadjuvante no planejamento dessas infraestruturas essenciais para qualquer organização, de acordo com Antenor Nogara, country manager da HPE Aruba Networking, a divisĂŁo de redes da Hewlett Packard Enterprise. Em uma apresentação da companhia para empresas da Zona Franca de Manaus e organizaçÔes do setor pĂșblico da regiĂŁo na noite de ontem (19), no restaurante Barollo, foram discutidas as tendĂȘncias de redes corporativas para 2025 e como a rede, em si, jĂĄ estĂĄ sendo vista como uma solução de segurança.
De acordo com Nogara, Ă© muito importante que os clientes de Manaus saibam o que estĂĄ Ă disposição deles em soluçÔes de Wi-Fi e redes cabeadas, seja no que diz respeito a redes preparadas para execução de cargas de trabalho de IA ou IA aplicada Ă rede. âPrivacidade, soberania de dados, trĂĄfego muito mais pesado. SĂŁo todas questĂ”es endereçadas por soluçÔes do mercado voltadas a executar cargas de trabalho de IA em grandes centros industriais do Brasilâ, destaca.
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O executivo tambĂ©m comenta que, ao aplicar IA Ă rede, Ă© possĂvel extrair dados que podem ser utilizados para segurança e melhor experiĂȘncia do usuĂĄrio de uma forma inviĂĄvel de ser feita manualmente por equipes de TI. Confira, abaixo, as principais tendĂȘncias para redes corporativas em 2025:
- SD-WAN e SASE serĂŁo ainda mais relevantes
O mercado de SD-WAN – Rede de Longa DistĂąncia Definida por Software estĂĄ em constante evolução. Em 2025, esse cenĂĄrio poderĂĄ se expandir ainda mais. As empresas procuram novas maneiras de aumentar a flexibilidade da rede enquanto controlam os custos operacionais. Essas demandas podem ser atendidas com SD-WAN, que oferece conectividade flexĂvel, segura e escalonĂĄvel. TambĂ©m utiliza tecnologias LTE/5G e banda larga para reduzir significativamente a dependĂȘncia da tradicional tecnologia MPLS (Multiprotocol Label Switching).
Ao mesmo tempo, a abordagem SASE se tornou um componente essencial de redes modernas ao integrar conectividade e segurança em uma arquitetura unificada e nativa da nuvem. O SASE simplifica o gerenciamento da rede e oferece polĂticas de segurança consistentes para aplicaçÔes, usuĂĄrios e dispositivos, independentemente de onde estejam localizados. Uma infraestrutura de TI simplificada e a melhoria da segurança sĂŁo incrementadas por meio de uma experiĂȘncia aprimorada do usuĂĄrio, especialmente em ambientes de trabalho hĂbrido.
- Microsegmentação para mais segurança e conformidade
Novas ameaças Ă s redes e data centers surgem com cada vez mais intensidade. A microsegmentação divide a rede em segmentos menores e isolados, o que torna mais difĂcil a invasĂŁo da infraestrutura de TI. Esse fator aumenta a segurança por impor controles detalhados de acesso e garantir um controle rigoroso do trĂĄfego entre os segmentos.
Por meio da microsegmentação, as organizaçÔes podem aplicar polĂticas de segurança mais rigorosas e garantir que apenas o trĂĄfego autorizado seja permitido entre segmentos. Essa abordagem estĂĄ de acordo com as medidas robustas de segurança de rede e controle de acesso exigidas por regulamentaçÔes internacionais de cibersegurança, como a diretiva NIS2 da UniĂŁo Europeia, que entrou em vigor em 2023.
- A rede como solução de segurança
AtĂ© recentemente, o princĂpio da rede era gerenciar ĂĄreas especĂficas da infraestrutura separadamente, como rede e segurança. Hoje, consolidar esses elementos e gerenciĂĄ-los juntos permite o uso mais eficiente das informaçÔes de diferentes fontes dentro da infraestrutura. Isso leva a uma administração mais consistente e coerente do ambiente. Ao monitorar vĂĄrios dispositivos, independentemente do fornecedor, e elementos tanto de rede quanto de segurança, Ă© possĂvel obter uma visĂŁo completa do estado da infraestrutura e reagir de acordo com esses dados. - Mais IA nas redes
Com o crescimento exponencial de dispositivos conectados Ă s redes corporativas e o aumento do fluxo de dados desses dispositivos, tornou-se mais difĂcil gerenciar esses ambientes. O aumento de ataques a vĂĄrias infraestruturas tambĂ©m destaca a impossibilidade de humanos monitorarem tudo de forma eficaz. O grande volume de dados e de ocorrĂȘncias Ă© alarmante e exige um desenvolvimento constante do departamento de TI.
Ao mesmo tempo, o papel da TI estĂĄ mudando. Os profissionais agora desempenham um papel significativo na produção, estratĂ©gia e na velocidade com que um serviço ou produto Ă© lançado no mercado. Isso torna a TI essencial para as operaçÔes empresariais. Para lidar com o grande volume de ocorrĂȘncias e dados e liberar recursos para tarefas estratĂ©gicas, a inteligĂȘncia artificial veio para ficar. A IA serĂĄ inestimĂĄvel na anĂĄlise de grandes volumes de dados nos ambientes de TI, na detecção de problemas e na resolução rĂĄpida deles. TambĂ©m alivia a equipe de TI para que os especialistas se concentrem em questĂ”es mais estratĂ©gicas.
- Mais rede em IA
Embora haja ampla discussão sobre os recursos extensivos que a IA demanda, como grandes volumes de dados de alta qualidade e as quantidades significativas de energia elétrica e poder computacional necessårios, a importùncia das redes costuma receber menos atenção.
De acordo com o DellâOro Group, o trĂĄfego de rede para cargas de trabalho de IA deve aumentar dez vezes a cada dois anos. Os enormes volumes de dados necessĂĄrios para criar e operar modelos de IA precisam ser transmitidos com rapidez e eficiĂȘncia. Dispositivos com larguras de banda de 100 Gb, 400 Gb e, mais recentemente, 800 Gb, irĂŁo se tornar amplamente utilizados.