O prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), ficou ‘mais pobre’ após as eleições municipais de 2024. Pelo menos é o que sugere uma análise comparativa entre sua declaração de bens ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), feita para as eleições municipais do ano passado, e o que ele informou à Câmara Municipal de Manaus (CMM), que saiu este ano.
Reportagem do site Laranjeiras News mostra que as declarações oficiais distintas do prefeito indicam divergência de R$450,3 mil de seu patrimônio. Para a campanha eleitoral, David Almeida disse ao TSE ter R$1.277.906,77 em bens. Já na declaração feita à CMM, que consta no Diário Oficial da sexta-feira (24/01), ele declara patrimônio de R$ 827.529,00.
DIVERGÊNCIAS II – Se David Almeida ficou ‘mais pobre’, o vereador Sargento Salazar (PL) ficou mais rico. Líder em votos para a CMM, ele também apresentou declarações diferentes à Câmara e ao TSE. Conforme reportagem do site Política Diversa, essas diferenças elevam os bens do parlamentar em quase R$2 milhões.
VIDRAÇA – Ativo e com alto engajamento nas redes sociais, Salazar integra o grupo diminuto de parlamentares que fazem oposição declarada ao prefeito David Almeida. Mas nem tudo são flores para ele. Na semana passada, uma acusação de homicídio feita contra ele pelo Ministério Público ganhou espaço na Folha de São Paulo e ampla repercussão em Manaus. O MP diz que Salazar atirou seis vezes contra um suspeito de roubo. O parlamentar alega ter trocado tiro com os criminosos durante a ocorrência e atribui a denúncia a uma estratégia que visa atacá-lo. O MP diz que o homem morto estava desarmado.
Veja o que disse Salazar:
BLOCK – A prefeitura de Eirunepé (a 1.160 quilômetros de Manaus) está bloqueada para receber repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). A lista foi atualizada no último dia 28 de janeiro e 35 prefeituras do Brasil estão impedidas de receber os recursos por conta de irregularidades. A única do Amazonas é Eirunepé.
Ao site Brasil61, o especialista em orçamento público Cesar Lima explica que o bloqueio dos repasses ocorre por conta de débitos dos municípios juntos à União ou atrasos na prestação de contas. “Dívidas não honradas, cuja União é, por assim dizer, a fiadora. Quando um município não honra esse compromisso, a União, como fiadora, precisa arcar com o pagamento dessa dívida e, por isso, bloqueia o FPM. O outro motivo são as dívidas previdenciárias, que podem ser tanto de um sistema próprio quanto dos recursos que devem ser recolhidos à União”, pontua.
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NOVA LINHA DE FOMENTO – O BNDES reserva R$1 bilhão para projetos de transformação digital de estados e municípios. O Programa Federativo para Governo e Infraestrutura Digital (Prodigital) é fruto de parceria com o BID. No Amazonas, além do Governo do Estado, podem apresentar propostas as prefeituras de Manaus, Itacoatiara e Manacapuru – que possuem mais de 100 mil habitantes.
5G EM 100% DE MANAUS – A prefeitura criou um canal de atendimento direto com as operadoras para tentar conectar toda a cidade ao 5G até o fim do primeiro semestre. O vice-presidente do Implurb, Antônio Peixoto, teve reunião virtual com as empresas e o Conexis Brasil, na semana passada. “Fizemos tratativas finais de ajustes para o 5G em Manaus, após alterações sugeridas pelas empresas e que foram alinhadas junto ao Supremo Tribunal Federal (STF). Vamos ter um atendimento exclusivo para tratar dos licenciamentos, tanto dos novos quanto dos que ainda tramitam no órgão. Com isso, esperamos, ainda no primeiro semestre deste ano, chegar a 100% da cobertura do 5G na cidade.” Oremos!
MINHA CASA, MINHA VIDA – Bateu recorde no Amazonas as contratações do programa habitacional, com 10.572 unidades desde 2023, conforme balanço do Governo Federal. Em todo o país, o programa superou em 25% a meta estabelecida pelo presidente Lula, e chegou a 1.268 milhão de residências contratadas. No Amazonas, há registro de contratações em 16 dos municípios. Manaus lidera, com 10,1 mil. Na sequência estão Iranduba (323), Lábrea (25) e Manacapuru (19).
A modalidade FGTS respondeu pela maioria das contratações. Essa faixa é destinada a famílias residentes em áreas urbanas com renda mensal bruta de até R$8 mil. Até o final do ano passado, foram 7.296 contratações.
INFERNO ASTRAL – Cassada pelo TRE-SP, a deputada federal Carla Zambeli (PL) enfrenta um novo revés: a Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu ao STF a condenação dela e do hacker Walter Delgatti pelos crimes de invasão de sistema informático e falsidade ideológica. Além de tudo isso, a parlamentar ainda tomou um ‘esculacho’ do ex-presidente Jair Bolsonaro, durante uma reunião partidária no sábado (01/02), de acordo com o colunista Igor Gadelha, do Metrópoles. Ela tentou se aproximar de Bolsonaro, mas levou um pito.
“Há dois anos eu não vi uma foto da ministra Marina Silva sentada com as lideranças do agronegócio”, criticou o senador Omar Aziz (PSD-AM).
Mais uma vez, o senador amazonense não poupou críticas a ministra do Meio Ambiente e Clima do governo Lula. Aliado do petista, Omar Aziz defendeu os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e criticou o que chamou de “fundamentalistas” no governo federal.
GLEISI NA MIRA – Um dos alvos de Omar foi a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, cotada para a Secretaria Geral da Presidência da República. Em entrevista ao UOL, o senador disse não suportar “ministro militante”. “Ela é militante, faz críticas ao Haddad [ministro da Fazenda], como é que você vai botar uma ministra que faz críticas ao outro ministro? Como coloca um ministério que não converge, que não tem transversalidade? (…) É uma ótima presidente, é minha amiga, mas eu acho que a Dilma já repetiu esse erro lá atrás.”
DE VOLTA À CÂMARA? – O destino do ex-vereador Caio André ainda não está definido. Ele chegou a ser cotado para a Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado, mas também pode ocupar uma vaga na CMM ainda este ano. Isso porque o governador Wilson Lima anunciou a criação de três novas pastas, entre elas, a de bem-estar animal – que deve ser comandada pela deputada estadual Joana Darc. Saindo da ALEAM, Joana é substituída pela vereadora professora Jacqueline que, por sua vez, deixa sua vaga na CMM para Caio André.