O Conselho Nacional de Justiça (CNJ), com apoio da startup amazonense Tree Earth, zerou a emissão de carbono da 1ª Conferência Internacional para a Sustentabilidade do Poder Judiciário, promovida no fim de 2024. Até 2030, todos os tribunais brasileiros devem neutralizar as emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE), conforme determinação estabelecida no ano passado.
O objetivo, de acordo com o CNJ, é combater e minimizar os efeitos de eventos climáticos extremos. A iniciativa integra o Programa Justiça Carbono Zero, aprovado também em 2024.
A conferência internacional reuniu especialistas nacionais e internacionais em torno de grandes temas e gerou 59 toneladas de carbono equivalente (tCO2e). Para a neutralização, foram plantadas 191 árvores na Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica.
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A ação ocorreu em novembro, reunindo cinco famílias em quatro estados brasileiros. Na Amazônia, os plantios foram feitos no Amazonas e no Acre. O primeiro ocorreu na Comunidade Mainã, uma localidade ribeirinha na região do lago do Puraquequara, zona rural de Manaus (AM). Já em solo acreano, o plantio ocorreu na Comunidade Batista Vida.
Na Mata Atlântica, a ação se deu no município de Águas Formosas, na fazenda Monte Carmelo, em Minas Gerais. Outro plantio foi realizado no Cerrado, com o objetivo de proteger duas nascentes do Rio Formoso em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul.
Nas ações, foram plantadas mudas de dezenas de espécies, como Biribá, Bacaba, Jenipapo, Cumaru, Graviola, Açaí-de-touceira, Oiti, Bocaiúva, Uvaia, entre outras. As árvores foram escolhidas conforme as especificidades de cada ambiente
Tecnologia a serviço do meio ambiente
Todos os plantios foram registrados na Blockchain, um banco de dados digital e criptografado, garantindo transparência às informações.
Cada árvore foi registrada individualmente por meio do aplicativo Tree Earth, contendo o georreferenciamento, imagem, espécie, data e hora, plantador e local do plantio. A coleção está disponível para consulta no endereço https://opensea.io/collection/cnj-tree-earth.
Com isso, o CNJ consegue fazer o monitoramento da área plantada, inclusive com as estimativas de resgate de CO2, com suporte de plataforma desenvolvida pela startup amazonense Tree Earth.
O Judiciário se prepara para a Conferência da Organização das Nações Unidas sobre o Clima (COP 30), que acontece neste ano, em novembro, em Belém (PA).