Um servidor do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) foi preso nesta quinta-feira (19/12) durante a quinta fase da Operação Greenwashing, realizada pela Polícia Federal para apurar as suspeitas de um esquema de corrupção no órgão. O diretor Juliano Valente foi exonerado por conta das suspeitas.
De acordo com a PF, o servidor tentou obstruir o cumprimento de medidas determinadas pela Justiça Federal no Amazonas, relacionadas à terceira fase da operação, deflagrada no dia 9 de outubro.
“Foi apurado que o servidor, integrante de uma organização criminosa atuante no órgão ambiental, recebia propinas para omitir fiscalizações e agilizar processos de licenciamento em áreas irregularmente apropriadas, contribuindo diretamente para a grilagem de terras”, informou a Polícia Federal.
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Na terceira fase da operação, durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão, foram encontrados R$20 mil em espécie escondidos em uma caixa de telefone celular.
“Além disso, ao tomar ciência da ação policial após despachar sua bagagem, o servidor decidiu não embarcar no voo que o levaria de volta a Manaus, em uma tentativa de frustrar o cumprimento das medidas judiciais”, concluiu a PF.
Em nota, o Ipaam informou os fatos em questão, envolvendo terceiros, estão sob análise judicial tramitando em segredo de justiça. “Dessa forma, em respeito ao sigilo, eventuais manifestações cabem aos envolvidos nos autos do processo judicial”, respondeu o órgão.