ApĂłs denĂșncias de possĂveis prĂĄticas abusivas cometidas por agentes do sistema Zona Azul nas formas de aceitar pagamento, o MinistĂ©rio PĂșblico do Amazonas (MP-AM) instaurou procedimento administrativo e recomendação para investigar o caso. A ideia Ă© fiscalizar o sistema de prestação de serviço de estacionamento rotativo de vias pĂșblicas de Manaus.
A medida se baseia no artigo 6 do CĂłdigo de Defesa do Consumidor, que protege o consumidor de mĂ©todos comerciais coercitivos ou desleais, alĂ©m de determinar que as pessoas tenham o direito Ă informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com especificação correta de quantidade, caracterĂsticas, composição, qualidade, tributos incidentes e preço.
A ação proposta pela 81ÂȘ Promotoria de Justiça Especializada na Defesa dos Direitos do Consumidor (Prodecon) sucede uma notĂcia de fato que denuncia que agentes fiscalizadores do ConsĂłrcio AmazĂŽnica, Tecnologia de TrĂąnsito da AmazĂŽnia SPE LTDA, empresa responsĂĄvel pelo Zona Azul, estariam recusando pagamentos de R$3,50 em outras formas que nĂŁo sejam dinheiro fĂsico â como cartĂ”es de crĂ©dito e dĂ©bito â, justificando que aceitariam apenas em valores acima de R$10,50.
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Para tomar as providĂȘncias necessĂĄrias, a promotora de Justiça Sheyla Andrade dos Santos, autora da ação, fixou o prazo de 30 dias para que a empresa informe quais medidas serĂŁo adotadas para que seja realizado o ajuste no sistema de pagamentos, com a finalidade de garantir que os usuĂĄrios consigam quitar os valores da utilização das vagas com seus respectivos cartĂ”es, sem quaisquer limitadores mĂnimos de aceitação.
ApĂłs o prazo, o MP-AM realizarĂĄ uma fiscalização para apurar se as modificaçÔes recomendadas no sistema interno de recebimento de pagamentos da empresa estĂŁo devidamente de acordo com as normas legais, alĂ©m de publicar no site do Zona Azul sobre a atualização das formas de pagamento, bem como instruir os agentes com informaçÔes sobre as mudanças.Â
Na expedição, a promotora de Justiça informa que, em caso de descumprimento das providĂȘncias solicitadas na recomendação, o MinistĂ©rio PĂșblico poderĂĄ adotar medidas administrativas e judiciais para garantir que os usuĂĄrios tenham acesso a seus direitos.
Em nota, a empresa responsĂĄvel pelo Zona Azul informou que “todos os esclarecimentos a respeito dessa questĂŁo estĂŁo sendo tratados diretamente com o MinistĂ©rio PĂșblico e, no momento, nĂŁo serĂŁo realizadas declaraçÔes Ă imprensa.”