A Biblioteca Braille do Amazonas completa, nesta sexta-feira (08/11), 25 anos de existência. Instalado no Bloco C do Sambódromo, o espaço tem o objetivo de integrar, promover e incluir pessoas com deficiência visual ao meio social, cultural, educacional e profissional, melhorando condições de vida, estudo e convivência para contribuir na elaboração de trabalhos e pesquisas.
O acervo da Biblioteca Braille do Amazonas possui mais de 50 mil obras, entre livros digitalizados, livros falados, obras em Braille e filmes com audiodescrição. Além disso, é responsável pela audiodescrição de espetáculos no Teatro Amazonas desde o ano de 2009. O espaço também disponibiliza estúdios de gravação, máquinas de escrever em Braille, computadores especiais, impressoras em Braille, scanners de voz e lupas eletrônicas.
Além da disponibilização do material, a Biblioteca Braille também promove cursos para deficientes visuais abordando diversos temas. Devido aos serviços oferecidos no espaço, dezenas de pessoas com deficiência conseguiram aprovação em concursos e centenas delas foram aprovadas em vestibulares.
“É uma iniciativa importantíssima para garantir a inclusão das pessoas com deficiência na sociedade, oferecendo a oportunidade de adquirir conhecimento de forma acessível para elas”, afirma o Secretário em Exercício de Cultura e Economia Criativa do Amazonas, Candido Jeremias.
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Para Gilson Mauro, gerente da Biblioteca Braille, as atividades realizadas pela biblioteca marcam a vida das pessoas com deficiência visual. Ele, que acompanha a Biblioteca Braille desde a sua criação, considera o aniversário de 25 anos um sinal de êxito do projeto iniciado em 1999.
“Comemorar 25 anos é comemorar a vitória das pessoas com deficiência visual e baixa visão, a vitória para as pessoas que sempre sonharam em ter e poder ser livre, poder ir e vir. Aqui nós montamos um local, um espaço em que a democracia pudesse ser totalmente liberada”, define. “A democracia na cultura, no lazer, na educação, no amor também. Isso é a Biblioteca Bradley, do estado do Amazonas”, diz.
Segundo o gestor do espaço cultural, são 25 anos de emoção, de alegria, de amor e, acima de tudo, de respeito à coisa pública. “Porque foi o que nós mais fizemos nesses vinte e cinco anos: respeitar e cuidar da coisa pública. Que as pessoas, quando chegassem aqui, fossem muito bem tratadas e encontrassem um local limpo, cheiroso, com alegria e luz”, relata Gilson Mauro.
A Biblioteca Braille do Amazonas foi implantada em 1999, funcionando dentro da Biblioteca Pública do Amazonas, rua Barroso, 57, Centro até 2008, quando ganhou uma sede própria no Centro de Convenções de Manaus, o Sambódromo, avenida Pedro Teixeira, 2565, Flores, onde funciona até hoje.
Para comemorar um quarto de século de existência da Biblioteca Braille, uma programação musical será apresentada na sede da biblioteca, nesta sexta-feira (08/11). Participam da programação musical a banda Raíra, que é formada pelos alunos cegos da Biblioteca Braille; o cantor Manoel Passos, o maestro Misael Printes e o saxofonista Graziani, entre outras atrações.