Estão abertas 50 vagas gratuitas para o curso de educação socioemocional e Front-End (linguagem de programação). O Programa Mulheres In Tech (MIT) é destinado a desenvolver mulheres em situação de vulnerabilidade social e as inscrições estão abertas até 3 de novembro.
A formação é oferecida pela Fly Educação, ONG pioneira que capacita pessoas em vulnerabilidade social para o mercado de trabalho por meio de ferramentas de inteligência socioemocional, tecnologia social e empreendedorismo. Fundada em 2014 por uma mulher venezuelana refugiada, a Fly já impactou mais de oito mil pessoas em cerca de 10 anos no Brasil e América Latina. A organização venceu uma seleção pública promovida pelo Serpro, empresa de inteligência do governo federal, que patrocina a iniciativa.
Loyanne Salles, superintendente de Comunicação, Marketing e Responsabilidade Social do Serpro, destaca a satisfação pelo fato de o Mulheres in Tech inaugurar, em Pernambuco, o Programa Agora 2M. É o primeiro projeto selecionado que começa a operar com esse tipo de investimento social da empresa.
“No Serpro, temos admissão via concurso público, que equaliza algumas diferenças sociais, evitando viés inconsciente na hora da seleção, por exemplo. Essa condição, porém, impede-nos de favorecer a entrada maior de mulheres no mercado de tecnologia. Por isso temos muito interesse em promover medidas de equidade para garantir igualdade de oportunidades a mulheres, para que elas possam entrar no mercado de trabalho, não apenas no Serpro, mas em todo o sistema produtivo”, explica.
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Curso de programação é voltado para mulheres cis ou trans
O curso tem duração de três meses e meio e as aulas acontecem às terças-feiras e quintas-feiras, das 19h às 21h, no formato síncrono, com aulas on-line e ao vivo. Além das habilidades técnicas, o curso desenvolve competências socioemocionais como gestão de emoções, pensamento crítico, tomada de decisões conscientes e relacionamentos interpessoais, abordagem educacional pioneira da instituição.
Para participar, é preciso ser uma mulher (cis ou trans) das regiões do Norte ou do Nordeste, ter, no mínimo, 2h diárias de tempo dedicado aos estudos, totalizando 10h semanais para a prática do conteúdo. Para saber mais informações e se inscrever basta acessar o link.
Clarice Carvalho, coordenadora de Projetos Sociais do MIT, explica que, segundo o censo Fly de Empregabilidade de 2023, 54% das estudantes formadas pelo programa Mulheres in Tech encontraram um trabalho na área da tecnologia após o curso, proporcionando um impacto significativo na vida de centenas de mulheres de todo o Brasil
“Essa é nossa 17º turma do Mulheres in Tech. Com ela, queremos empoderar jovens mulheres das regiões Norte e Nordeste, oferecendo desenvolvimento pessoal, acesso ao mercado de trabalho e oportunidades de desenvolvimento cognitivo em programação iniciante. Nosso objetivo é conectá-las a esse setor, diminuindo o distanciamento e a falta de oportunidades para mulheres periféricas nesse campo. Acreditamos que a tecnologia pode ser uma ferramenta poderosa para a transformação social e queremos oferecer essa oportunidade para todas, independentemente da experiência prévia”, afirma.