Nesta quarta-feira (30/10), a Polícia Federal deflagra uma mega operação contra o tráfico de drogas no Amazonas, com mais de 17 presos por envolvimento em uma organização criminosa que atua na região do médio e alto Rio Negro. Em dois anos, a rede criminosa financiada por empresários movimentou mais de R$30 milhões.
Os mandados de prisão, busca e apreensão envolvendo também empresários que financiam a atividade criminosa estão sendo cumpridos nos estados do Amazonas, Pará, São Paulo e Roraima.
De acordo com a PF, a operação Barões do Arcanjo tem o objetivo de desmantelar grupos criminosos atuantes no tráfico interestadual de drogas e lavagem de capitais, especificamente na cidade de São Gabriel da Cachoeira.
Mais de 150 policiais federais estão mobilizados, desde as primeiras horas da manhã de hoje, no cumprimento de 17 mandados de prisão preventiva, 8 medidas cautelares diversas da prisão, 47 mandados de busca e apreensão e o sequestro de veículos e bloqueio de contas bancárias dos investigados em Manaus, São Gabriel da Cachoeira, Tabatinga, Alenquer (PA), Diadema (SP) e Boa Vista (RR). Os mandados foram deferidos pela Justiça Estadual do Amazonas.
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A Operação Barões do Arcanjo deu início por meio de informações que apontavam para uma rede criminosa financiada por empresários, envolvidos na comercialização de drogas, tráfico de armas e na lavagem de dinheiro, indicando que em proveito da atividade comercial, vigorava um apoio logístico operacional entre os traficantes e empresários locais.
Os nomes dos suspeitos não foram revelados. Durante a investigação restou constatada a existência de múltiplos núcleos criminosos atuando no Amazonas e regiões vizinhas, utilizando de inúmeros artifícios para a lavagem de dinheiro e para o tráfico de drogas, disse a PF.
A análise investigativa realizada pela PF, revelou uma rede complexa de transições financeiras atípicas e operações suspeitas, indicando o uso de laranjas e empresas de fachada para a lavagem de dinheiro, que movimentou mais de R$30 milhões nos últimos dois anos (desde 2022).
As medidas cautelares impostas aos investigados visam obter elementos que comprovem a prática dos crimes investigados, além de aprofundar a investigação sobre a procedência, destinação da droga e identificação de outras pessoas envolvidas. As penas dos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico e lavagem de capitais podem ultrapassar 30 anos de reclusão.