Nesta quinta-feira (31/10), o Ministério Público Eleitoral (MPE) afirmou não ter encontrado indícios de crimes eleitorais ou captação ilícita de votos durante a eleição em Jutaí (a 750 quilômetros de Manaus). Denúncias sobre irregularidades no processo foram registradas por moradores da cidade, que indicaram locais de supostos ‘currais eleitorais’.
O MP disse ter feito diligências nos locais denunciados e descartou a existência de crimes.
Durante a votação do 1º turno, em 6 de outubro, o Ministério Público acompanhou todas as seções eleitorais para garantir a regularidade do pleito. Em uma delas, localizada na Escola Estadual Padre João Van Den Dugen, uma falha técnica comprometeu o funcionamento da urna eletrônica, e, mesmo com a troca por uma urna de contingência, o problema persistiu.
Com isso, a Justiça Eleitoral adotou a medida de votação manual, conforme a Resolução TSE nº 23.736/2024, sob a supervisão do promotor eleitoral Matheus de Oliveira Santana, do juiz eleitoral e com a presença de representantes partidários, assegurando a transparência do processo.
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O procedimento de lacração das urnas foi acompanhado pelo Ministério Público Eleitoral. Segundo o MP, embora a falha técnica tenha causado um atraso na votação, todos os eleitores conseguiram exercer seu direito ao voto na eleição de Jutaí. A apuração foi realizada na junta eleitoral do Cartório Eleitoral, também sob a supervisão das autoridades e representantes partidários.
Embora as suspeitas iniciais tenham motivado a atuação do MP Eleitoral, o órgão confirmou que todas as etapas da eleição em Jutaí ocorreram conforme as regras vigentes, sem qualquer evidência de fraude ou compra de votos. Ainda há representações eleitorais em andamento na 41ª Zona Eleitoral, onde o caso está sendo acompanhado pela Justiça de Jutaí.