Para celebrar seus três anos de existência movimentando a cena noturna independente de Manaus, o coletivo de música eletrônica e artes integradas Banana Frita escalou um time de peso para sua edição de aniversário, que acontece neste sábado (12/10), pela primeira vez na Quadra da Escola de Samba Aparecida. Entre os nomes que prometem fazer o público ferver está a DJ Clementaum, um dos destaques atuais do circuito de música eletrônica do país.
“Nós já acompanhávamos o trabalho da Clementaum e sempre a achamos uma artista incrível, carismática e com faixas muito boas”, conta o DJ e produtor cultural Robyn, um dos criadores da Banana Frita. “Ela já conhecia o nosso rolê, e foi só uma questão do universo se alinhar e a oportunidade surgir. A energia da nossa pista combina muito com ela”.
Clementaum, que já trabalhou com grandes nomes como Pabllo Vittar, se junta a um line-up que conta com nove DJs ao total, misturando diferentes estilos e subgêneros da música eletrônica. Entre as atrações estão LLLuaninha, Dreko, Koka e M4fel, DJs residentes da Banana Frita, e os convidados Pedrovisk, Kevim, Guillerrrmo e Jotap. A edição também será marcada por apresentações conjuntas (B2Bs) entre os artistas.
“A Banana cria esses encontros propositalmente, e provoca essa colisão de diferentes estilos, técnicas e perspectivas. A ideia do line foi escolher peças-chave que marcaram a Banana Frita ao longo desses três anos, nomes que se destacaram e que entregaram propostas fora da curva. É um time muito bom, que gosta de arriscar”, ressalta Dreko, também DJ e cocriador da Banana Frita.
Esta é a décima quinta edição do evento, que surgiu em 2021, a partir de conversas entre os amigos Dreko e Robyn, e se firmou desde então como um movimento importante na cena alternativa e LGBTQIA+ da capital amazonense e um espaço de experimentações musicais e artísticas.
“Olhar para trás e ver essa trajetória ainda me surpreende em alguns momentos. A Banana possibilitou oportunidades de nos aproximarmos de pessoas e histórias que estavam prontas pra embarcar nessa experiência conjunta de redescoberta sonora, artística e de crescimento pessoal”, afirma Robyn. “Nossa forma de pensar o evento amadureceu: a gente ansiava por fazer barulho e experimentar as coisas, e hoje esses sentimentos ainda continuam, mas de uma forma mais polida”.
Encontros artísticos e sensoriais
Além da música, como já é tradição, a Banana Frita também contará com três performances artísticas de nomes marcantes da cena ballroom de Manaus: Andira, Buiú e Uýra Sodoma, artista indígena que ganhou espaço no cenário nacional. Já os visuais da festa ficam por conta de Rafaela Kennedy, Da Cor do Barro, Sujarec, Estúdio E e Leozerafilm.
A Quadra da Aparecida foi escolhida como local da edição de três anos do evento por proporcionar uma estrutura de palco maior para as performances, com iluminação cênica, e oferecendo assim ao público um amplo espaço e uma experiência musical e visual completa.
LEIA TAMBÉM: Festival Cultural para crianças com programação gratuita no AM
“A expectativa é de ser o que sempre foi: uma grande catarse do começo ao fim. A Banana Frita se tornou um grande encontro de coletivos artísticos, da comunidade LGBTQIA+ e do público que gosta e frequenta simplesmente para ouvir e dançar boa música. É uma experiência sensorial que só existe na pista da Banana e que demonstra que arte, estética, diversidade, inclusão, cultura e economia criativa podem andar juntas”, destaca Leozera, um dos produtores do evento.
O que é o Banana Frita?
A Banana Frita é um movimento independente de artes integradas de Manaus que, desde 2021, reúne artistas de música eletrônica, design, performance e outras vertentes e fomenta a cena experimental e LGBTQIA+ na capital amazonense. O coletivo conta com os produtores culturais Dreko, Robyn e Leozera e os DJs residentes Dreko, LLLuaninha, Koka e M4fel. Ao longo de mais de dez edições, a festa também já contou com atrações importantes da cena nacional, como BADSISTA e DJ Ramemes.