O Ministério da Educação deve enviar à Câmara dos Deputados, em outubro, um projeto de lei que planeja proibir o uso de celular em escolas públicas e privadas. O assunto vem dividindo opiniões entre pais e professores.
A justificativa é que os celulares têm atrapalhado o andamento e o rendimento dos alunos em sala de aula. De acordo com o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes de 2022, 45% dos estudantes brasileiros entrevistados relataram distrações ao utilizar aparelhos eletrônicos em todas ou na maioria das aulas de Matemática, por exemplo.
LEIA TAMBÉM: Mais de 240 pessoas mudaram de nome em cartórios no Amazonas
O presidente da Comissão de Educação, senador Flávio Arns, do PSB do Paraná, defendeu que a proibição de celular em escolas seja debatido no Congresso, pois envolve a formação de jovens, adolescentes e crianças.
“Tem que ser debatido no Senado Federal. O que a gente tem que pensar sempre é que tem que haver regras, formação, o celular por um lado pode ser muito útil para muitas coisas, mas estamos falando de crianças e adolescentes em particular. E a prioridade tem que ser o bem-estar, o desenvolvimento físico, mental. Então esse debate vai acontecer de uma maneira cada vez mais intensa dentro do Congresso Nacional”, explicou.
De acordo com a pesquisa TIC Educação 2023, do Comitê Gestor da Internet no Brasil, 20 estados já possuem leis similares, mas apenas 12% de suas escolas declararam adotar a medida de fato.