Com o uso de píeres flutuantes no Rio Amazonas, na região de Itacoatiara, a Receita Federal começou, nesta semana, uma ação pioneira para mitigar os desafios logísticos causados pela forte seca no Amazonas.
A operação busca garantir a continuidade das atividades de comércio exterior e o abastecimento da região amazônica, mesmo em condições adversas de navegabilidade.
Os píeres flutuantes, com 240 metros de comprimento, permitirão o transbordo de cargas entre navios e balsas, promovendo fluidez nas operações. A Receita Federal realizou a fiscalização prévia dos píeres nos dias 6 e 7 de setembro e, em relação ao controle aduaneiro, os navios já estão autorizados a atracar, possibilitando o início imediato das atividades de transbordo. A previsão de chegada das balsas a Manaus é no dia 11 de setembro.
A Alfândega do Porto de Manaus instalou câmeras de monitoramento em tempo real e sistemas de GPS para rastrear as balsas que transportarão as mercadorias, prevenindo fraudes e garantindo a legalidade das operações.
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De acordo com o delegado da Receita Federal no Porto de Manaus, Marcelo Augusto Calbo Garcia, “Essa operação é um exemplo de como podemos utilizar soluções inovadoras para enfrentar desafios extremos, como a seca na Amazônia, mantendo o comércio exterior eficiente e seguro.”
Claudia Regina Leao do Nascimento Thomaz, Subsecretária de Administração Aduaneira, destacou o alinhamento da operação com as metas de sustentabilidade e segurança: “A Operação Aduana Flutuante mostra o compromisso da Receita Federal com o meio ambiente e com a proteção de nossas fronteiras, enquanto garantimos que o fluxo de mercadorias continue de forma controlada e legal.”
*Impactos da seca e a urgência da operação*
A seca em 2023 causou perdas consideráveis no comércio exterior da região. Em setembro e outubro de 2023, as importações caíram 25,7% e 62,7%, respectivamente, enquanto as exportações recuaram 19,8% e 37,5%. Os dados refletem a urgência de soluções que preservem as cadeias logísticas na Amazônia.
Com a Operação Aduana Flutuante, a expectativa da Receita Federal é evitar novos prejuízos ao setor industrial e comercial, garantindo que as operações de importação e exportação sigam com segurança e eficiência em um cenário de vulnerabilidade ambiental.