Os Postos de Combustíveis promoveram, de forma coletiva, um aumento explosivo nos preços cobrados pela gasolina e outros combustíveis aos consumidores de Manaus, neste fim de semana. A gasolina está beirando os R$7. Saltou de uma média de R$6,29 o litro, para os exorbitantes R$6,89, um acréscimo de R$0,60 que vai pesar no bolso do consumidor.
O ajuste de preços ocorre, mais uma vez, sem justificativa nem aviso prévio. As distribuidoras de Manaus compram o combustível da Refinaria da Amazônia (REAM) que, curiosamente nesta semana, repassou uma redução aos postos que soma R$0,05 por litro de gasolina. Esses valores mais em conta para os postos começaram a ser praticados na última sexta-feira (12/07), mas o que se repassou aos consumidores foi um acréscimo.
No Amazonas, os preços de combustíveis como a gasolina, o diesel e o etanol são os mais caros do país. Única refinaria da região norte, a REAM foi privatizada no apagar das luzes do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, em 2022. Desde então, os preços locais seguem ‘política própria’ desvinculada da Petrobras. Essa explicação é usada como argumento quando a estatal de petróleo baixa os preços e o comércio de combustíveis local não adere. Mas toda ocasião em que há ajustes nacionais, os valores aqui sobem, sem qualquer justificativa à população.
Na última semana, a Petrobras aumentou os preços da gasolina em R$0,20, por litro. Isso não deveria impactar nos preços em Manaus, já que a política de preços local não segue a Petrobras, conforme dizem os empresários e a propria REAM. Mesmo assim, os postos de Manaus promoveram aumento quase três vezes maior que o da Petrobras, sem qualquer explicação, nesta semana.
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O pintor industrial André Cordeiro, 35 anos, abasteceu neste domingo (14/07) no posto Atem do Coroado, na zona leste, e reclamou do aumento e da falta de atuação das autoridades. “É um completo absurdo porque ninguém faz nada. Cadê o Procon e cadê as autoridades para defender os interesses da população. A gasolina está cara, o gás está caro e ninguém fala nada.”