O Governo Federal anunciou a publicação de editais para contratação da dragagem de trechos dos rios Amazonas e Solimões. Serão investidos R$505 milhões em obras para recuperar a capacidade de navegação dos rios, essencial no transporte de pessoas e no escoamento de mercadorias.
A medida é uma resposta ao período de seca dos rios esperado na região. Ano passado, por conta da estiagem, a indústria e o comércio sofreram com a falta de insumos, que não conseguiram atravessar os rios pela falta de calado. Mais de 500 mil pessoas ficaram isoladas nas comunidades ribeirinhas, segundo números da Defesa Civil.
O investimento do governo federal prevê a contratação das dragagens em quatro trechos: Manaus-Itacoatiara; Coari-Codajás; Benjamin Constant-Tabatinga; Benjamin Constant-São Paulo de Olivença.
A dragagem de um rio serve para remover sedimentos e resíduos no fundo, que reduzem sua profundidade e prejudicam a navegabilidade.
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Em nota, o governo federal afirmou que a dragagem dos rios do Amazonas visa evitar que a seca dos rios no Amazonas tenha um impacto significativo e negativo na Zona Franca de Manaus e no comércio local.
Para o Polo Industrial, a estiagem afeta a logística, aumenta os custos de transporte, prejudica o abastecimento de água e acarreta desafios ambientais e socioeconômicos. E para o comércio local, causa dificuldades no abastecimento, eleva os custos operacionais, aumenta os preços e pode resultar na redução das vendas.