O Ministério da Saúde iniciou a convocação de voluntários para atuação no Rio Grande do Sul por meio da Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS). O estado sofre com severas enchentes em razão das chuvas dos últimos dias. A próxima seleção vai convocar, no mínimo, mais 100 profissionais. Atualmente, 134 profissionais da saúde atuam na emergência.
É obrigatório que o profissional tenha vínculo público municipal, estadual ou federal. Além disso, para atuar, é necessário comprovar cinco anos de experiência em atendimento de emergência pré-hospitalar móvel e fixo e hospitalar.
No caso de aeromédicos, é exigido diploma de medicina ou enfermagem com regularidade no conselho de classe. O interessado deve possuir Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para tripular aeronave (macacão com tecido anti chama, cadeirinha com mosquetão, freio 8, capacete, luvas de raspa e botas).
“É uma emergência de desastre, com uma complexidade imensa. Precisamos do melhor staff. É necessário ter perfil, não apenas vontade de ajudar”, salienta o coordenador da Força Nacional do SUS, Fausto Soriano Estrela Neto. Desde o início da calamidade, o número de inscritos no cadastro da FN-SUS subiu de 47 mil, em abril, para 68,4 mil, agora.
Os coordenadores da Força Nacional do SUS explicam que são necessárias características específicas para a atuação, como experiência em soterramento, acompanhamento de questões mentais, entre outras.
“Em ações específicas como essa, precisamos de profissionais com expertise para atuar em momento adverso. Uma coisa é atender em clínicas, na unidade de saúde, em situação normal. Outra é atuar com escassez de medicamentos, com dificuldade de acesso, com pessoas com múltiplos fatores de saúde. Por isso, precisamos de especialistas nessas áreas”, reforça o gerente do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Salvador, Ivan Paiva, que faz parte da Força Nacional do SUS.
Voluntários para os serviços de Urgência e Emergência – Hospitais de Campanha, Serviços de Saúde, Gestão e Aeromédico:
- Médicos, enfermeiros e farmacêuticos: possuir 5 anos ou mais de experiência comprovada em atuação em serviços de emergência pré-hospitalar e/ou hospitalar.
- Outras especialidades médicas: possuir residência médica ou RQE em áreas correlatas à urgência e emergência: Medicina de Emergência, Cirurgia Geral, Especialidades Cirúrgicas, Anestesiologia, Pediatria, Ginecologia e Obstetrícia, Ortopedia, Cardiologia, Terapia Intensiva, Psiquiatria.
- Médicos e enfermeiros do Aeromédico: possuir mais de 5 anos de experiência comprovada, possuir habilitação para transporte aeromédico reconhecida conforme RBAC90, capacidade emocional para cumprir ações orientadas e sob comando, possuir EPIs para tripular aeronave (macacão com tecido anti chama, cadeirinha com mosquetão, freio 8, capacete, luvas de raspa, botas e óculos de proteção).
Voluntários para os serviços da Atenção Primária em Saúde – Abrigos, serviços de saúde, equipes volantes:
- Médicos: possuir mais de 2 anos de experiência comprovada em atendimento na Atenção Primária à Saúde, título de especialista em Medicina de Família e Comunidade.
- Médicos Psiquiatras: título de especialista em psiquiatria, experiência mínima de 2 anos em CAPS.
- Enfermeiros e farmacêuticos: possuir mais de 2 anos de experiência comprovada em atendimento na Atenção Primária à Saúde.
- Psicólogos: experiência de no mínimo 3 anos em atendimento na primeira fase de resposta a desastres e/ou em gestão, experiência de 5 anos em situações de desastres, experiência prática no atendimento em primeiros cuidados psicológicos, experiência com pessoas e grupos em situação de vulnerabilidade, experiência de trabalho na gestão ou assistência de políticas públicas de saúde.
O Ministério da Saúde reforça que todos devem ter diploma e regularidade no seu respectivo conselho de classe, além de disponibilidade para missão por no mínimo 10 dias.