Os serviços de dragagem dos rios, uma das ações de enfrentamento à seca proposta pelo Governo do Amazonas, devem iniciar no segundo semestre deste ano, após articulação junto ao Governo Federal. A informação foi confirmada pelo titular da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti), Serafim Corrêa.
De acordo com Corrêa, a indústria está otimista com o início das obras em agosto deste ano, pois a dragagem dos rios busca prevenir prejuízos à navegação de grande porte e é importante para o escoamento de cargas e produtos da Zona Franca de Manaus, antecipando-se a uma possível estiagem severa neste ano.
“Todos nós estamos preocupados, mas estamos agindo preventivamente. O Governo Federal caminha para iniciar a dragagem. Gostaríamos que começasse em junho. O Governo disse que só seria possível começar em setembro, mas o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) sinalizou que pode iniciar em agosto”, pontuou Serafim. Ele destacou que, após a realização da batimetria (medição da profundidade dos rios), foi sugerido a dragagem de 2 quilômetros na Enseada do Madeira e 1 quilômetro na Costa do Tabocal.
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Uma das estratégias mais frequentes na seca, a dragagem de rios remove sedimentos e resíduos decantados no fundo, que reduzem sua profundidade e prejudicam a navegabilidade. Ao dragar um rio ou outro corpo d’água, a profundidade é ampliada, facilitando o trânsito de embarcações.
Serafim Correa também mencionou a instalação de um píer provisório, antes da Enseada do Madeira, para a atracação de navios, eliminando a necessidade de retorno do navio. Esse projeto está sendo planejado pelo Grupo Chibatão.
“Caso haja algum problema, será feito um transbordo da redução de carga com a passagem dela para balsas que a trarão para Manaus. Isso é muito melhor que retornar o navio para a Vila do Conde. Medidas preventivas estão sendo tomadas. A estiagem vem, mas estamos prontas para enfrentá-la”, declarou Serafim.
Desde março deste ano, o governador Wilson Lima, tem se reunido com o Governo Federal, a exemplo dos ministérios de Portos e Aeroportos, de Integração e Desenvolvimento Regional e de Meio Ambiente e Mudança do Clima, solicitando apoio na antecipação de ações que minimizem os impactos da estiagem no Amazonas.