Os docentes da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) rejeitaram a deflagração da greve, programada para esta segunda-feira (15/04), em todo o Brasil. No Instituto Federal de Educação (IFAM), no entanto, há paralisações previstas. É o caso
As decisões na UFAM foram tomadas em Assembleias Gerais Descentralizadas, realizadas no dia 3 de abril em quatro dos seis campi da Universidade. Foram eles Benjamin Constant, Humaitá, Manaus e Parintins. No total, 58 professores votaram contra a greve na UFAM, 13 a favor e 2 se abstiveram. Docentes dos demais campi (Coari e Itacoatiara) não conseguiram organizar a assembleia na data.
A convocação das Assembleias Gerais Descentralizadas da ADUA seguiu o encaminhado na reunião do Setor das Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes) do ANDES-Sindicato Nacional, realizada em 22 de março e que indicou a realização de assembleias nas seções sindicais no período de 26 de março a 09 de abril. Na reunião do dia 22 em Brasília (DF), o Setor aprovou indicativo de deflagração de greve das(os) docentes das universidades federais, institutos federais e Cefets, após a maioria das seções sindicais do ANDES-SN (37 contra 04) aprovar, em assembleias ocorridas anteriormente, o indicativo de deflagração da greve.
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Em suas falas durante as AGs Descentralizadas os docentes da Ufam afirmaram que há motivações para a greve como a falta de negociação de reajuste salarial por parte do governo federal, o sucateamento e o corte no orçamento das universidades e a precarização das condições de trabalho dos docentes. Mas, também ponderaram que há fatores que inviabilizam a deflagração da greve no dia 15 de abril como a desmobilização da categoria; o período de férias da Ufam, que retoma as aulas no dia 22 de abril; e o calendário pós-pandemia da Universidade.
Considerando as questões expostas, a maioria dos docentes participantes das AGs Descentralizadas aprovou o estado de mobilização permanente. “É um processo de acumulação política que visa ampliar a participação das e dos docentes da Ufam”, explicou o presidente da Seção Sindical, Jacob Paiva. Neste âmbito, a maioria dos docentes aprovou também a proposta da Direção da ADUA do seguinte calendário de mobilização:
- 26/04 – Reunião presencial com o Conselho de Representantes das Unidades (Crad);
- 29/04 a 03/05 – Reuniões intersetoriais e nos campi fora de Manaus para discutir indicativo de greve e composição do Comando de Mobilização;
- 06/05 a 10/05 – Reunião híbrida com o Diretório Central dos Estudantes (DCE/Ufam), centros acadêmicos dos seis campi da Ufam e Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Superior do Estado do Amazonas (Sintesam);
- Segunda semana do mês de maio – Novas Assembleias Gerais Descentralizadas sobre deflagração de greve.