O presidente da República em exercício, Geraldo Alckmin (PSB), anunciou – sem mencionar data- que o governo federal antecipará a dragagem de rios no Amazonas devido a previsão de uma nova estiagem severa em 2024. O político presidiu, nesta sexta-feira (01/03), a 313ª reunião do Conselho de Administração da Suframa, em Manaus.
“Governador Wilson Lima, nós vamos sim trabalhar com o ministro dos Portos, o Silvio Costa, para antecipar a dragagem. Prevenção é importante”, disse Alckmin.
O vice-presidente atende a um pedido do governador do Amazonas, uma vez que há uma grande possibilidade de o estado sofrer com uma nova estiagem severa, como ocorreu em 2023. Os rios secaram e o Amazonas viveu a pior seca da sua história, o que impediu a navegação de navios que traziam insumos para as empresas do Polo Industrial de Manaus (PIM) e linhas de produção chegaram a parar.
“O rio voltou a subir permitindo a navegação, mas ainda não está nos níveis de normalidade que a gente costuma ter aqui na Amazônia e isso naturalmente é feito do El Nino”, disse Wilson Lima.
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Durante a 306ª reunião ordinária do Conselho de Desenvolvimento do Amazonas (Codam),na última quinta-feira (29/03), o titular da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti), Serafim Corrêa, disse que a há uma previsão de que a dragagem seja iniciada em 1º de maio.
Alckmin fala sobre potássio em Autazes
A questão do Potássio de Autazes, interior do estado, também foi abordada por Wilson Lima na reunião com o vice-presidente. “Essa é uma outra atividade que complementa a atividade da indústria, que é a questão do potássio no estado do Amazonas, a mina que nós temos lá no município de Autazes, e eu vejo o seu comprometimento todas as vezes que a gente se fala”, afirmou o governador.
De acordo com o Alckmin, o Poder Judiciário resolveu sobre a definição do licenciamento, que será feito pelo Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (IPAAM). “O estado vai tomar todos os cuidados e as providências, ouvindo a comunidade indígena, seguindo todos os parâmetros. É muito importante para o Brasil porque nós importamos mais de 95% do cloreto de potássio.”
Autazes, no interior do estado, tem capacidade de abastecer com o potássio o mercado brasileiro por quase três décadas. Hoje, o Brasil importa o insumo usado no agronegócio.