O índice de pessoas que compraram apartamentos em Manaus cresceu 118% em 12 anos, segundo dados do Censo divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O número de “apês” na capital amazonense saltou de 48.000 em 2010, para 105.000 em 2022, sendo o tipo de habitação com maior alta.
De acordo com o supervisor de disseminação de informações do IBGE no Amazonas, Adjalma Jaques, isso indica uma nova tendência de moradia da população local.
“No tipo de domicílios, o dado mais destacado é a evolução da quantidade de apartamentos e casas em condomínio, surgidos entre 2010 e 2022, indicando que definitivamente a população está adotando esse novo modelo de moradia. Um dado que reforça essa tendência é que o percentual de domicílios tipo casa, teve redução entre os dois últimos censos”, afirmou.
O professor e jornalista Luiz Guilherme Melo, de 36 anos, está prestes a receber as chaves do primeiro apartamento. Ele explica que a segurança de um condomínio foi determinante para a escolha.
“Quando me deparei com a decisão de escolher um apartamento, diversos fatores influenciaram minha escolha. A comodidade de viver em um apartamento, onde a manutenção é mínima e os serviços são facilmente acessíveis, pesou bastante. A segurança reforçada, com sistemas de vigilância e a presença constante de vizinhos, proporciona uma tranquilidade que valorizo muito”, declarou.
Um outro fator que pesou na decisão do professor foi a localização do imóvel, que fica relativamente próximo das escolas em que leciona.
“O espaço do apartamento que escolhi atende perfeitamente às minhas necessidades, sem o excesso que muitas vezes acompanha uma casa maior. E, por fim, a praticidade de estar próximo a tudo, desde o trabalho até o lazer, torna o cotidiano mais ágil e eficiente. Esses foram os pilares que me levaram a optar por um apartamento, e estou confiante de que fiz a escolha certa para o meu momento de vida”, enfatizou.
Para além dos apartamentos em Manaus
No Estado, duas tendências verificadas na última década foram a elevação do quantitativo de apartamentos e casas de vila ou condomínio. Em 2010, os apartamentos eram 6,6% dos domicílios no Estado e em 2022 chegaram a 10,7%.
Já as casas de vila ou condomínio passaram de uma representação de 2,45% dos domicílios, em 2010, para 3,0% em 2022. Houve redução, entre os dois períodos censitários, no número de domicílios casas (de 89,4% para 85,3%.), e em cortiços (de 0,9%, em 2010, para 0,6% em 2022).