O Teatro Gebes Medeiros abre as portas nesta quinta e sexta-feira (22 e 23/02), às 20h, para receber a nova temporada do “Cabaré Chinelo”, espetáculo do Ateliê 23 indicado ao 34° Prêmio Shell de Teatro. Os ingressos antecipados estão disponíveis por R$ 25 (meia-entrada) e R$ 50 (inteira) nos sites atelie23.com, ShopIngressos.com e pelo Instagram (@atelie23).
O espaço funciona na Avenida Eduardo Ribeiro, 937, Centro. O diretor da companhia e do espetáculo, Taciano Soares, destaca que vem um novo “Cabaré Chinelo”, assim como a dinâmica da venda de ingressos antecipados, que, a partir de agora, ficam disponíveis a cada duas sessões agendadas.
“A volta aos palcos será marcada por novidades e uma delas é a nossa proposta de ingressos antecipados, para que o público consiga se programar uma vez que esgotam muito rápido”, comenta Taciano Soares, que divide o comando do Ateliê 23 com Eric Lima.
Eric Lima, diretor musical que vive o Diabo na peça, reforça que, em dias de apresentações, também tem ingressos disponíveis na bilheteria do espaço cultural uma hora antes do início do espetáculo, vendidos por ordem de chegada.
“É importante ter atenção ao horário da peça, porque a tolerância de entrada é de até dez minutos. O espetáculo começa pontualmente e, após isso, infelizmente não entra mais, porque atrapalha muito a fruição da obra para as pessoas que conseguiram chegar no horário”, explica o artista. “Outro ponto que reforçamos é referente às cenas simbólicas de violência física e sexual contra mulher”.
A atriz Thayná Liartes, que interpreta Felícia Terrível, conta que está na expectativa para apresentar a nova cara do “Cabaré Chinelo” e para encontrar o público.
“O novo não só na estética, como dentro do espetáculo, desde a banda, o elenco, as cenas, a maquiagem, o cabelo. Uma peça teatral está em constante evolução, a apresentação nunca é a mesma, os momentos nunca se repetem”, afirma a artista. “Isso é importante para o processo com o pesquisador, direção, coreografias, cenário e abrange as atrizes também, porque é um elenco muito versátil e grande, de 12 atrizes que dão vida a essas mulheres que viveram na Belle Époque exploradas, prostituídas e assassinadas”.
LEIA TAMBÉM: Cinema no Centro: Veja a programação do Cine Casarão
Thayná Liartes pontua que Felícia Terrível é a junção de duas mulheres de baixo meretrício, a Felícia Pede Ouro e a Isabel Terrível.
“Para essa construção de personagem, foco na pesquisa sobre Felícia Augusta da Gama que veio diretamente das terras do Pará. Ela era do baixo meretrício e ficava nas ruas baratas da antiga Manaós, era arruaceira e debochada”, descreve a atriz. “Os registros de jornais mostram que Felícia era presa por algazarras e esse temperamento dela é visto em cena. Ela também era uma mulher forte e corajosa, é uma honra dar vida a Felícia”.
Além de Felícia, a produção conta a trajetória de Mulata, Balbina, Antonieta, Soulanger, Laura, Joana, Luiza, Enedina, Sarah e Maria, entre 1900 e 1920. A plateia pode acompanhar quatro momentos da peça por meio de recortes de jornais de verdade, no material presente no programa do espetáculo e disponível em QR Code.
São 17 artistas em cena, entre eles Vivian Oliveira, Sarah Margarido, Andira Angeli, Julia Kahane, Fernanda Seixas, Daphne Pompeu, Daniely Peinado, Vanja Poty, Ana Oliveira, Bruna Pollari, Allícia Castro, Taciano Soares e Eric Lima, além dos músicos Yago Reis, Guilherme Bonates e Stivisson Menezes.
Em março, no dia 22, o “Cabaré Chinelo” faz a única apresentação do ano no Teatro Amazonas.
No dia 20, acontece o lançamento do álbum com a trilha sonora do espetáculo no palco do maior patrimônio histórico do estado, um álbum musical da peça, com a participação da Orquestra de Câmara e regência do maestro Marcelo de Jesus.