Mais de 24 horas depois da polêmica abordagem policial, o deputado federal Amom Mandel (Cidadania) deu sua primeira versão oficial sobre a história e disse que estaria sendo vítima de perseguição do Sistema de Segurança do Estado.
Na versão da companheira dele, a influencer Sarah Mariah, que dirigia o carro no momento da abordagem, o que teria ocorrido durante a abordagem da Polícia Militar foi racismo policial.
As versões do deputado federal e da companheira dele foram dadas nas redes sociais, na noite de ontem, 24 horas após a crise envolvendo o parlamentar por conta da abordagem feita durante a operação Impacto em bairros da zona leste com o intuito de prevenir a criminalidade.
Ontem, o Segundo a Segundo publicou uma matéria relatando o imbróglio. O parlamentar foi procurado, mas não quis se manifestar. Inicialmente, a equipe de comunicação dele convocou uma coletiva para às 17h de ontem, em frente a sede da Polícia Federal, em Manaus. Minutos antes do horário de início da entrevista, foi enviada uma nota cancelando o encontro.
Deputado federal e nome cotado para disputar as eleições municipais como candidato à prefeito de Manaus, Amom falou somente após Sarah. Cada um deu seu ponto de vista da situação.
No vídeo produzido para se explicar aos internautas e aos eleitores, disponibilizado aos eleitores na manhã de hoje através das redes sociais, Amom diz que fez uma denúncia à Polícia Federal, no dia 13 de dezembro, e que depois disso teria passado a ser vítima de coação. No dia 13, pressionado pela opinião pública, Amom havia feito um tuite dizendo que fora à PF para denunciar a nomeação do parente de uma liderança de uma facção criminosa na Secretaria de Inteligência.
A informação surgira de reportagens na imprensa, compartilhadas pelo parlamentar. Segundo Amom Mandel, depois disso, ele teria se tornado alvo. No vídeo em que profere ataques, ele não relata os episódios de suposta coação que teria vivenciado, além da abordagem policial da última quinta-feira. Também não apresenta provas de como que a operação policial realizada na zona leste tinha como alvo persegui-lo.
Confira o que disse Amom Mandel sobre o caso
Para companheira de Amom, caso foi racismo estrutural
“Não vou ser estampa de camisa.” Com essa frase, a companheira de Amom, Sara Mariah deu sua versão no X, antigo Twitter, ao responder a postagem de uma internauta ironizando o episódio da confusão do parlamentar durante a fiscalização policial.
Querida, Sabrina
Havia uma pessoa preta dirigindo na zona leste e essa pessoa era eu.
Aqui vão alguns detalhes que a PM fez questão de ocultar quando prestou relato aos portais do estado
-O condutor do carro era eu: Sarah Mariah
-Tenho CNH há 5 anos e nenhuma penalidade + pic.twitter.com/9Gnvho3Ggu
— sarah (@sousarahmariah) January 6, 2024
O que foi registrado na Polícia Civil e Polícia Federal?
Ontem, o Segundo a Segundo postou com exclusividade uma fotografia do registro da ocorrência na Polícia Civil. Ouvimos policiais sobre o assunto, mas que só falaram sob a condição de anonimato, pois temem sofrer represálias. O parlamentar é neto de desembargador do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) e tem familiares em várias instâncias de poder no estado.