Pelo segundo dia seguido, trabalhadores dos Amarelinhos de Manaus protestaram por conta de atrasos salariais. Em nota, a prefeitura negou atrasos nos repasses de subsídios às cooperativas que operam o transporte alternativo, contrariando a justificativa das empresas para honrar o pagamento dos trabalhadores. A dívida está em torno de R$2,1 milhões, segundo os empresários.
Em nota, a Prefeitura afirma que na última terça-feira (12/12) foram pagos R$ 1.564.338,20 aos permissionários, ou seja, às empresas donas dos ônibus Amarelinhos. A prefeitura diz, ainda, que o acumulado do repasse feito ao sistema no ano chegou ao valor de R$ 7.476.689,50.
Enquanto prefeitura e empresas travam uma guerra de versões, motoristas que dirigem os Amarelinhos seguem sem receber os salários. Em protesto na bola do produtor, na zona leste, os trabalhadores e donos das empresas reclamam
“A população paga hoje em torno de R$ 7,80 na tarifa do transporte coletivo em Manaus, mas o transporte alternativo só recebe R$ 4,50. Esses R$ 4,50 são os créditos que a população compra à vista, não é fiado, Sinetran não vende crédito fiado. E por que nós estamos há três semanas sem receber? Nós estamos há dois meses sem receber os estudantes, que são carregados de forma gratuita, que são subsídios passados pelo Estado, e pela prefeitura, o Estado já fez a parte dele. Por que a prefeitura não faz?, disse Claudio Proença, cooperado do sistema.
Em janeiro, o Governo do Amazonas renovou o acordo do Passe Livre Estudantil e se comprometeu a repassar R$ 120 milhões até dezembro deste ano. A contrapartida da prefeitura é de R$36 milhões. O Portal da Transparência do Governo mostra que a última de seis parcelas de R$20 milhões foram transferidas para a prefeitura no dia 5 de dezembro.
“O IMMU reforça que até o momento, todos os pagamentos estão em dia. Já o repasse do mês de novembro está atualmente em processo de cálculo. Vale ressaltar que é padrão os pagamentos serem efetuados no mês subsequente ao anterior, portanto, não há atrasos pendentes”, disse a prefeitura em nota.
O Segundo a Segundo questionou a administração municipal que medidas seriam adotadas para resguardar a prestação do serviço para a população manauara, já que os repasses estão em dias. Mas não houve respostas até o fechamento deste material. Caso haja, faremos atualizações.