É de Arthur Vinícius, o bebê que Débora da Silva Alves esperava, a ossada encontrada no mesmo terreno baldio onde a jovem foi localizada após ter sido brutalmente assassinada em julho deste ano. A jovem tinha 18 anos e foi sequestrada, assassinada e carbonizada pelo pai da criança.
O crime brutal chocou os amazonenses e repercutiu no país inteiro. Débora da Silva Alves, de apenas 18 anos, estava aos oito meses de gestação. Já tinha todo pronto o enxoval de Arthur Vinícius, fruto de uma relação que tivera com Gil Romero Machado Batista. Autor do assassinato, ele não aceitava a gravidez da moça e insistia para que ela abortasse. Com a recusa, resolveu matá-la e arrancar a criança da barriga dela, antes do nascimento.
Gil Romero foi preso em Curuá, no interior do Pará, em agosto, depois que a Polícia Civil já havia desvendado o caso e efetuado a prisão de um comparsa do feminicídio. Em depoimento, Gil Romero teria confessado o crime, segundo a Polícia Civil. Mas escondeu o destino da criança, seu filho, que ainda estava na barriga quando foi extraído e morto.
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Obstinados por descobrir onde o corpo de bebê foi deixado, familiares de Débora continuaram as investigações por conta própria. No dia 3 de novembro deste ano, eles retornaram ao terreno onde a jovem foi encontrada e vasculharam o lugar, achando vestígios do que suspeitaram ser o corpo do pequeno Arthur Vinícius .
A confirmação de que o esqueleto é do bebê foi dada, na noite de ontem, pelo laboratório de Genética Forense, do Instituto de Criminalística Lorena dos Santos Baptista (ICB-LSB). Os peritos fizeram um teste de DNA e, por 40 dias, trabalharam na identificação até conseguirem confirmar se tratar de Arthur Vinicius.
“No laboratório, esse material passou por diversas análises, até a obtenção do perfil genético dessa criança, e quando confrontado o perfil genético com o perfil da Débora, foi estabelecido um vínculo de maternidade”, explicou o perito criminal, Delson Tavares.