Uma carta da Direção Nacional do PT informa que o ex-vice-governador Carlos Almeida “não está filiado” ao partido. Almeida tenta desde o meio do ano ingressar no partido do presidente Lula, mas enfrenta resistências do deputado estadual Sinésio Campos.
Na carta, o PT diz que a situação de Almeida será decida em janeiro de 2024. Almeida tentou ingressar na sigla de Lula em julho, com apoio do presidente do Diretório Municipal de Manaus, Valdemir Santana, que conta com o “recall” do Defensor Público para aumentar a bancada petista na Câmara Municipal de Manaus nas eleições do próximo ano.
A ala do PT ligada ao vereador Sassá da Construção Civil, contudo, vê Almeida como uma ameaça a reeleição dele em 2024. Por conta disso, manobrou no Diretório Estadual para não reconhecer a filiação no Diretório Municipal. A manobra tem o aval do presidente estadual, o deputado Sinésio Campos.
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Por duas vezes, a Executiva Estadual discutiu a filiação e manteve o Defensor Público longe das fileiras partidárias, mas houve contestação da Executiva Municipal.
“A filiação ao Diretório Municipal foi contestada na Executiva Estadual. Na primeira, o resultado da votação foi 7 a 7, o que resultou na confirmação da filiação. A ala contrária voltou a contestar, mas na votação não conseguiu reunir 60% dos votos dos integrantes da Estadual para reverter a decisão da municipal”, relatou Valdemir.
Apesar das dificuldades, Carlos Alberto Almeida Filho não desiste da filiação no Partido dos Trabalhadores e, nesta semana, pediu a Executiva Nacional a expulsão de Sinésio Campos, alegando que o deputado manobra de maneira ilegal para afastá-lo do partido e faz acusações inverídicas, como chamá-lo de “bolsonarista”.