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SaĂșde

Cirurgia dentro do Ăștero possibilita que crianças consigam andar

Redação Segundo a Segundo
Atualizado em 2023/11/17 at 6:36 PM
Redação Segundo a Segundo 2 anos atrås
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a young and stylish blonde mom in a red shirt and blue jeans walks in the summer solar park with her little cute daughter in a pink suit
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Depois de sofrer quatro abortos espontĂąneos, a mĂ©dica veterinĂĄria Lais Gontijo, de 36 anos, engravidou novamente. Preocupada em levar a gestação adiante e nĂŁo perder mais um bebĂȘ, realizou um prĂ©-natal hiper-rigoroso com um mĂ©dico especialista em abortos de repetição e fez vĂĄrias ultrassonografias para monitorar a evolução e o desenvolvimento do feto. Quando superou a barreira das 12 primeiras semanas de vida, perĂ­odo que normalmente ocorrem os abortos espontĂąneos, ela comemorou e fez a sexagem fetal para saber o sexo do bebĂȘ. Era uma menina: Donna estava a caminho.

Ao completar 16 semanas de gestação, com tudo transcorrendo como o esperado, a gestante marcou uma nova ultrassonografia. Ela queria filmar o exame para registrar a confirmação de que o bebĂȘ era uma menina.

Ansiosa, a veterinĂĄria atĂ© tentou adiantar o dia e a hora do ultrassom, mas nĂŁo conseguiu – realizou o procedimento em uma sexta-feira, 21 de dezembro de 2018, no final do dia. Era apenas mais um exame de rotina, mas logo no começo veio a surpresa: Donna tinha um defeito na coluna chamado mielomeningocele.

Trata-se de uma malformação congĂȘnita que, se nĂŁo diagnosticada e nĂŁo tratada corretamente, pode afetar os movimentos da criança e o controle da bexiga e do intestino.

“O mĂ©dico me disse que a Donna tinha mielomeningocele. Me explicou o que era com muita paciĂȘncia, foi muito humano, me mostrou a bolsinha no final da coluna dela na imagem do ultrassom [a bolsinha Ă© justamente a parte onde a coluna nĂŁo se fechou corretamente]. A primeira pergunta que eu fiz Ă© se ela ia morrer”, lembra Gontijo.

O médico respondeu que não, mas alertou que o tratamento deveria ser feito o quanto antes em São Paulo (Gontijo morava em Goiùnia), com uma especialista em medicina fetal.

“Eu nĂŁo conhecia nenhuma criança com mielomeningocele, nĂŁo tinha ideia do que era esse problema. No começo, nem conseguia pronunciar o nome direito. O meu maior medo era de que Donna morresse, que fosse algo incompatĂ­vel com a vida. Eu sĂł chorava, nĂŁo conseguia fazer mais nada. Fiquei deitada o fim de semana inteiro. NĂŁo queria ler nada na internet porque tinha a esperança de chegar em SĂŁo Paulo e descobrir que o mĂ©dico de GoiĂąnia estava enganado. Mas nĂŁo foi o que ocorreu”, lembra a veterinĂĄria.

Em SĂŁo Paulo, o diagnĂłstico de mielomeningocele foi confirmado. A melhor opção naquele momento seria fazer uma cirurgia intrauterina para corrigir o problema e fechar o buraquinho na coluna. E foi o que Gontijo fez: no dia 11 de março de 2019, com 27 semanas de gestação, ela foi para o centro cirĂșrgico operar a coluna de Donna. A cirurgia durou cerca de cinco horas e foi bem-sucedida. Donna nasceu em maio.

Malformação ‘comum’

A histĂłria de Gontijo Ă© apenas mais uma entre tantas outras envolvendo a mielomeningocele – uma das malformaçÔes congĂȘnitas mais frequentes, que atinge 1 a cada 1.000 nascimentos. Para comparação, estima-se que a sĂ­ndrome de Down, por exemplo, afeta 1 bebĂȘ em cada 700 nascimentos. O problema nĂŁo Ă© tĂŁo raro, mas ainda Ă© pouco discutido e, por isso, o dia 25 de outubro ficou conhecido como Dia Internacional de Conscientização da Mielomeningocele.

Segundo a obstetra Denise Lapa, especialista em medicina fetal do Departamento de Terapia Fetal Hospital Israelita Albert Einstein e responsåvel pela criação de uma técnica de cirurgia intrauterina minimamente invasiva (técnica Safer), a mielomeningocele (ou espinha bífida) é um defeito aberto do tubo neural, que ocorre pela falta de fechamento da coluna vertebral do feto nas primeiras semanas de desenvolvimento.

A coluna vertebral de um bebĂȘ que se devolve normalmente tem a pele, os ossos, as meninges e a medula espinhal – o fechamento total deve ocorrer atĂ© a nona semana de gestação. No bebĂȘ com mielomeningocele, os ossos nĂŁo se formam corretamente, deixando uma abertura na coluna do feto. A partir daĂ­, as meninges e a medula saem para fora e parte dos nervos ficam expostos ao lĂ­quido amniĂłtico.

A exposição contĂ­nua da medula ao lĂ­quido amniĂłtico leva a uma lesĂŁo progressiva do tecido nervoso. Geralmente, os nervos afetados sĂŁo os da regiĂŁo lombar e sacral, responsĂĄveis pela locomoção e pelo controle das fezes e urina. O diagnĂłstico costuma ser realizado com a ultrassonografia das 16 semanas de gestação, mas a suspeita pode ser apontada no exame morfolĂłgico do primeiro trimestre, feito entre a 11ÂȘ e 14ÂȘ semanas.

“Imagine que a coluna Ă© um zĂ­per vai sendo fechado no desenvolvimento do feto. Nos casos de mielo, o zĂ­per nĂŁo fecha atĂ© embaixo, fica um buraquinho aberto. Se esse buraquinho for fechado somente apĂłs o nascimento, os riscos de a criança nĂŁo conseguir andar sĂŁo muito maiores”, explicou Lapa.

Como Ă© feita a cirurgia dentro do Ăștero

Existem basicamente dois tipos de cirurgia intrauterina: uma chamada de cĂ©u aberto, em que Ă© feito um corte na barriga da mĂŁe, o Ăștero Ă© retirado para fora e o bebĂȘ Ă© operado. HĂĄ um risco de ocorrer parto prematuro e, apĂłs o procedimento, o parto necessariamente deverĂĄ ser por cesĂĄrea.

No caso da fetoscopia (tĂ©cnica Safer) desenvolvida pelo Einstein, nĂŁo Ă© feito nenhum corte na barriga da mĂŁe e o Ăștero nĂŁo Ă© retirado. A barriga recebe quatro furinhos e a cirurgia no bebĂȘ Ă© guiada por uma microcĂąmera. TambĂ©m hĂĄ risco de parto prematuro, mas o parto pode ser por via vaginal.

Segundo Lapa, a tĂ©cnica Safer usa um bioestimulador nacional para auxiliar no fechamento da coluna e possibilita que, com a correção do defeito, a motricidade presente no momento da cirurgia se mantenha. De acordo com a mĂ©dica, ao se operar depois de nascer, somente 20% das crianças vĂŁo conseguir andar. Operando ainda no Ăștero, pelo menos 50% delas vĂŁo caminhar normalmente.

Em dez anos desde que a tĂ©cnica foi desenvolvida, a obstetra jĂĄ operou quase 200 bebĂȘs dentro do ventre materno – somente um faleceu, por ter outros problemas de desenvolvimento. “Esses bebĂȘs operados precocemente certamente terĂŁo ganhos importantes para o seu desenvolvimento. Por isso chamamos a malformação de ‘nova mielo’, porque o prognĂłstico hoje Ă© totalmente diferente de dĂ©cadas atrĂĄs”, afirmou.

Gontijo e Donna sĂŁo a prova disso. Donna surpreendeu as expectativas e se desenvolveu como qualquer criança para a sua idade: engatinhou com quase nove meses e passou a sentar sozinha com cerca de seis meses. Com 1 ano e 5 meses, começou a fazer fisioterapia porque ela ficava em pĂ©, mas nĂŁo dava passinhos – poderia ser medo ou algum atraso mesmo. “Com 43 dias de fisioterapia ela andou sozinha. Foi a maior alegria do mundo para todos nĂłs. AĂ­ ninguĂ©m mais segurou”, conta a mĂŁe.

A outra preocupação da veterinária era com o desfralde da filha – ela tinha medo de Donna ter alguma sequela relacionada ao controle da urina e das fezes. Mandou a filha para a escola com 3 anos e meio ainda usando fraldas. “Falei para a professora observar essa questão. A escola foi me ajudando no desfralde e a primeira vez que Donna me avisou que queria fazer xixi eu queria soltar foguetes. Foi muita alegria. Conto nos dedos quantas vezes ela fez xixi na cama”, conta Gontijo, ao acrescentar que tudo o que a filha faz atualmente está de acordo com o desenvolvimento esperado para a idade.

“Hoje, quando lembro tudo o que passei, eu digo: se vocĂȘ receber esse diagnĂłstico, viva uma fase de cada vez. Eu sofri muita coisa por antecedĂȘncia e hoje eu vejo que poderia ter sido diferente”, finalizou a veterinĂĄria.

Da AgĂȘncia Einstein

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Termos Cirurgia, Colo do Ăștero, CRIANÇAS
Redação Segundo a Segundo 17/11/2023 17/11/2023
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