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Cidades

Seca em Manaus provoca férias coletivas na indústria

Redação Segundo a Segundo
Atualizado em 2023/10/18 at 11:47 PM
Redação Segundo a Segundo 2 anos atrás
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De acordo com o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Amazonas (Sindmetal-AM), Valdemir Santana, ao menos 35 empresas, a maioria do setor de eletrônicos, devem parar por causa da falta de insumos para montagem de celulares e televisores, entre outros itens. A seca em Manaus deve prejudicar a Black Friday. O rio Negro atingiu o menor nível de navegabilidade em 121 anos do monitoramento das águas (Foto: Antônio Lima/Secom).
De acordo com o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Amazonas (Sindmetal-AM), Valdemir Santana, ao menos 35 empresas, a maioria do setor de eletrônicos, devem parar por causa da falta de insumos para montagem de celulares e televisores, entre outros itens. A seca em Manaus deve prejudicar a Black Friday. O rio Negro atingiu o menor nível de navegabilidade em 121 anos do monitoramento das águas (Foto: Antônio Lima/Secom).
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Das mais de 100 grandes indústrias do Polo Industrial de Manaus (PIM), 35 irão dar férias coletivas para  17 mil trabalhadores a partir do dia 25 deste mês até 4 de novembro. Esse é mais um impacto da seca em Manaus. 

As férias antecipadas, segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Amazonas (Sindmetal-AM), Valdemir Santana, é por causa da baixa navegabilidade dos rios da Amazônia.

Segundo ele, a seca impede o transporte dos navios cargueiros, que trazem os contêineres da Ásia com os insumos (partes e peças) para o setor de eletroeletrônico. Ele diz que essas indústrias já estão com problemas de estoques para tocar a produção.

Valdemir Santana afirma que os segmentos mais atingidos são os que produzem celulares, notebooks, condicionadores de ar e televisores, ou seja, o carro chefe do Polo Industrial de Manaus.

“Vamos assinar um acordo amanhã (17) com as indústrias para que nenhum trabalhador seja demitido. Geralmente nossas férias são em dezembro, mas com a seca hoje não tem um navio sequer vindo para cá (Manaus)”, disse o sindicalista à Amazônia Real. “A Black Friday já está prejudicada”, concluiu. 

Nesta segunda-feira (16), a vazante (descida das águas) no rio Negro chegou ao nível  de 13,59 metros – o menor em 120 anos, desde que a medição foi iniciada, em 1902, no Porto de Manaus. O recorde anterior é de 24 de outubro de 2010, quando o manancial atingiu o nível  de 13,63 metros. 

A estiagem severa levou 50 dos 62 municípios do Amazonas ao estado de emergência. Em algumas cidades e comunidades ribeirinhas, a falta de chuvas deixou os rios, lagos e igarapé tão secos que uma população de quase 500 mil pessoas está isolada pela via fluvial. Há problemas também no transporte dos carregamentos de alimentos, soja, combustível e gás de cozinha. 

Conforme os dados dos Indicadores de Desempenho do Polo Industrial de Manaus, divulgados pela Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), o Polo Industrial gera hoje 110.667 postos de trabalho diretos, incluindo empregados efetivos, terceirizados e temporários. 

O sindicalista Valdemir Santana critica a falta de sinalização nos rios, o que fica sempre mais evidente em períodos de forte estiagem.

“Nossos rios não são sinalizados. Todo mundo sabe que o nosso transporte é pelo rio,  e não sinaliza. Como pode o nosso estado, que é o maior pólo eletroeletrônico da América Latina, não ter este sistema? Isso é uma questão de governo mesmo, se bem que estamos começando um governo (Lula 3), mas são coisas que não podem mais acontecer”, lamenta. 

Falta de hidrovias

Balsas de soja paradas no Porto Bertolini (Foto: Alberto César Araújo/Amazônia Real).

Por meio de nota, o vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM), Nelson Azevedo, também critica as dificuldades enfrentadas pelas indústrias do Estado devido à falta de hidrovias.

“Há muito tempo reivindicamos a sinalização das nossas hidrovias para a dragagem dos rios, a fim de melhorar a navegação, sinalização dos rios para o transporte seguro e para quando chegar essa época não haver esse problema”, diz, lembrando que o último trimestre do ano é essencial para a Zona Franca de Manaus (ZFM), pois é o período para escoamento dos produtos por conta de datas comerciais movimentadas, como a Black Friday (última sexta-feira de novembro) e o Natal.

Também por meio de nota, o Centro da Indústria do Estado do Amazonas (CIEAM) detalhou o problema enfrentado pelas embarcações que levam insumos ao Polo Industrial de Manaus. Segundo o CIEAM, as balsas conseguem passar por trechos com profundidade inferior a dois metros (os navios precisam de pelo menos oito metros), porém transportam menos carga de um navio e não conseguem desenvolver muita velocidade, em razão das restrições atuais de navegabilidade, o que eleva o tempo do percurso e também implica custo maior de transporte, por causa das despesas adicionais com a armazenagem dos materiais por mais tempo nos portos e as transferências imprevistas de contêineres. 

Ainda conforme a Comissão de Logística do CIEAM, os contratempos elevaram entre 25% e 50% o custo de frete na região.

Seca em Manaus deixa caminhões parados

Filas de caminhões com soja na entrada do Porto Bertolini, em Manaus (Foto: Alberto César Araújo/Amazônia Real).

Em Manaus, filas de caminhões seguem estacionados sem poder seguir viagem por conta da estiagem. O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Amazonas (FAEA), Muni Lourenço, elenca os problemas causados ao setor pela estiagem.

“Os principais gargalos decorrentes da intensa estiagem são a dificuldade de acesso logístico de insumos e também o comprometimento do escoamento da produção rural. Além disso, a forte estiagem tem prejudicado a produtividade no setor primário”, pontua.

O alerta que vem da natureza

Seca no Puraquequara, zona leste de Manaus (Foto: Alberto César Araújo/Amazônia Real).

Para o geógrafo e ecólogo Carlos Durigan, a seca recorde traz um recado da natureza. “Chegamos no limite, em um processo de transformação climática global causado pelo nosso modo de viver e produzir”, analisa. Conforme Durigan, os alertas dados pela ciência nas últimas décadas não têm surtido o efeito necessário para conduzir mudanças que levem à redução de emissões, e os cenários mais críticos previstos em décadas já estão se instalando.

“O recado que o quadro atual nos passa é que já entramos num momento crítico e irreversível e teremos que conviver já com extremos e talvez até situações piores podem surgir”. O ambientalista acredita ser possível reduzir danos, se ações firmes forem tomadas no sentido de reduzir emissões e a degradação ambiental.

Suely Araújo, especialista sênior em políticas públicas do Observatório do Clima e ex-presidente do Ibama, avalia que as imagens da seca histórica na Amazônia assustam a todos e são um retrato duro dos impactos das mudanças climáticas.

“As fotografias do rio Negro na altura de Manaus parecem um prenúncio do fim. Some-se o El Niño peculiar deste ano, o aquecimento das águas do Atlântico e temos tragédias simultâneas no norte e no sul do país”, afirma.

Para a pesquisadora, o impressionante no caso da Amazônia é a mega crise vir acompanhada do aumento das queimadas ilegais e de declarações de políticos de que a decisão mais importante no momento é a o asfaltamento do trecho do meio da BR 319.

“Asfaltar essa estrada que liga Manaus a Porto Velho, pelo consenso entre os especialistas, gerará muito mais desmatamento. Seca histórica, calor extremo, muita fumaça e desabastecimento de comunidades se misturam com irresponsabilidade para com os brasileiros e o mundo”.

Múltiplos fatores

  • Imagem aérea dos arredores de Tefé, impactada pela severa seca (Foto: Marizilda Cruppe/ Greenpeace).
  • Lago Tefé, completamente seco e cheio de lixo no início de outubro (Foto: Marizilda Cruppe/ Greenpeace).
  • Lago Tefé, completamente seco e cheio de lixo no início de outubro (Foto: Marizilda Cruppe/ Greenpeace).
  • Imagem aérea dos arredores de Tefé, impactada pela severa seca (Foto: Marizilda Cruppe/ Greenpeace).
  • Imagem aérea dos arredores de Tefé, impactada pela severa seca (Foto: Marizilda Cruppe/ Greenpeace).
  • Comunidade Porto Praia, do povo indígena Kokama, em Tefé (Foto: Marizilda Cruppe/ Greenpeace).
  • Comunidade Porto Praia, do povo indígena Kokama, em Tefé (Foto: Marizilda Cruppe/ Greenpeace).
  • Comunidade Porto Praia, do povo indígena Kokama, em Tefé (Foto: Marizilda Cruppe/ Greenpeace).

Biólogo e pesquisador da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Lucas Ferrante aponta que a seca histórica no Amazonas  é causada por múltiplos fatores, sendo o primeiro o fato de ser um ano de El Niño. “O El Niño tem um efeito forte para agravar a situação da seca do Amazonas, mas não geraria essa seca extrema que estamos vendo. Outros fatores têm contribuído para esse evento histórico, como as mudanças climáticas antrópicas”.

Para Ferrante, a Amazônia já chegou ao limiar de desmatamento tolerado e isso afeta a evapotranspiração da floresta E a retenção de umidade, tornando a floresta mais suscetível a incêndios. “E isso retroalimenta esse processo de degradação e seca na floresta”, crava. 

O pesquisador aponta que o baixo volume nas calhas dos rios ou a intrafegabilidade naval tem ainda outras causas: a primeira é o fenômeno de terras caídas, que também é influenciado pelo desmatamento.

A segunda é a  atividade de garimpo, que, segundo o pesquisador, contribui para a formação de bancos de areia.

“E em terceiro, mas talvez um dos mais impactantes e um dos motores mais fortes para interferir nisso, a construção de várias hidrelétricas, como nos vimos anteriormente, para o rio Madeira, e que tem um impacto substancial agora principalmente nesse rio”.

De acordo com o cientista, a construção da rodovia BR-319 pode agravar ainda mais as mudanças climáticas. “É um fator que contribui para as mudanças climáticas e não é uma alternativa viável do ponto de vista logístico para a seca na Amazônia, embora muitos políticos tenham defendido isso”.

Para Ferrante, o que o Estado precisa é de políticas eficientes para contenção da crise climática. “Isso perpassa por uma política de desmatamento zero começando neste ano e não em 2030 ou 2050, como muitos políticos defendem”, finaliza.

Aporte do Ministério da Saúde 

A ministra da Saúde, Nísia Trindade durante coletiva sobre as ações de enfrentamento a estiagem e incêndios no Amazonas (Fotos: Rafael Nascimento/MS).

Em Manaus, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, assinou nesta segunda portaria que destina o montante de R$ 225 milhões a serem destinados aos municípios do Amazonas, para reforçar ações de combate à estiagem.

O ministério detalhou que serão enviados R$ 102,3 milhões em parcela única aos municípios. Outros R$ 122,7 milhões serão incorporados ao teto de média e alta complexidade do Estado, recursos que servirão para recuperar e ampliar a estrutura do SUS no Amazonas. 

“Neste momento há aqui uma equipe da nossa Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente olhando exatamente os efeitos da questão ambiental em relação a doenças e outros impactos para a saúde por problemas de desassistência que podem ocorrer com esses fenômenos”.

Declarou a ministra.

Da Amazônia Real

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Termos destaque, férias coletivas, Indústria, Manaus, Seca
Redação Segundo a Segundo 18/10/2023 17/10/2023
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