Queimadas na região da BR-319 voltaram a piorar a qualidade do ar em Manaus. A cidade registrou fumaça na manhã desta quinta-feira (26/10) após uma trégua nas últimas semanas por conta das chuvas.
De acordo com o sistema Selva, desenvolvido pela Universidade do Estado do Amazonas (UEA), há focos de queimadas na região da BR-319 (Manaus/ Porto Velho), nas cidades de Autazes e Manaquiri, na região metropolitana de Manaus.
Também há registros de queimadas nas cidades de Rio Preto da Eva, Manacapuru e na zona rural de Manaus.
Ainda de acordo com o sistema Selva, a qualidade do ar na capital piorou. O ar mais poluído foi registrado na região do porto do Ceasa, Armando Mendes, Coroado e Cidade Nova.
Queimadas na região da BR-319
Os governos estadual e federal reforçaram as medidas de combate às queimadas após o estado viver uma onda de fumaça densa que tomou conta de quase todas as cidades por quase um mês.
Parlamentares do Amazonas aproveitaram seca de grandes rios, ocasionada pela estiagem, para pedir a pavimentação da BR-319 e acusaram a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, de barrar a obra.
Em resposta, Mariana disse que a obra exige um debate sobre a questão ambiental, afirmou que ela esteve fora do ministério por mais de 10 anos e lembrou que os focos de queimadas estão no entorno de trechos trafegáveis da rodovia.
“Se a BR fosse fácil de fazer, talvez nesses 15 anos ela tivesse sido feita. É que, de fato, ela envolve toda uma complexidade que é preciso ser vista com toda sensibilidade. (…) O principal vetor das queimadas é desmatamento, não existe fogo natural na Amazônia. O fogo ou é feito propositalmente por criminosos, ou é a transformação da cobertura vegetal para determinados usos e depois o ateamento do fogo”, disse.