Os teatros de Manaus abrem as portas, neste fim de semana, para vários espetáculos gratuitos do 17º Festival de Teatro da Amazônia.
No sábado (14/10), às 10h, a Associação dos Artistas Cênicos do Amazonas – Arte & Fato, do Amazonas, vem com “A Maravilhosa História de Sapo Tarô Bequê” no palco do Teatro Amazonas, pela Mostra Jurupari. Classificação livre.
Com dramaturgia de Márcio Souza e direção geral de Douglas Rodrigues, a montagem conta, durante 75 minutos, a trajetória do sapo que vira homem, o homem que não suporta a dor de existir e volta a ser sapo. No elenco estão Israel Castro, Karol Medeiros, Michel Guerrero, Idelson Mouta, Acácia Mié e Leonel Worton.
Às 18h, o Buia Teatro, na rua Dona Libânia, 300, Centro, recebe “O Homem de Cabeça de Papelão”, da Relógio Quebrado, do Amazonas, de 45 minutos, pela Mostra Ednelza Sahdo. Classificação livre.
Em cena, Bruna Pollari, Lua Bentes, Mia Galucio e Marilta Figueiredo são dirigidos por Iogan Montefusco, que assina ainda como adaptação, bonequeiro, ilustrador e músico; para apresentar Antenor, um homem que vive no país do sol e desde criança tem problemas por só dizer a verdade. Cansado de sofrer, um dia ele deixa a cabeça no relojoeiro e ganha uma de papelão para usar durante o conserto da original.
A Súbita Companhia de Teatro, do Paraná, apresenta “O Arquipélago” às 20h, pela Mostra Jurupari, no Teatro Amazonas. Classificação de 14 anos.
Com direção de Maíra Lour, o espetáculo solo traz o ator Pablito Kucarz, para narrar a história de sua mãe, uma mulher comum, como diversas outras mães que deixaram sua casa muito jovens para trabalhar na cidade grande.
Em 40 minutos, o artista, que assina performance e dramaturgia, também se permite questionar o enredo quando, em busca da própria identidade, se confronta com temas como preconceito, bullying, machismo e violência. Com tom suave, a narrativa tem ares de fábula pessoal.
Último dia com espetáculos gratuitos
No último dia de festival, domingo (15/10), às 10h, a Rainhas do Radiador, de São Paulo, leva “A Andarilha” para o Teatro Amazonas, pela Mostra Jurupari. Classificação livre.
O público vai conhecer a palhaça Rufina, interpretada pela atriz Aline Hernandes, que, ao encontrar uma sanfoneira, vivida por Ana Pessoa, decide fazer um show e revelar um universo peculiar, de memórias, sonhos e humanidades, cômico, trágico, sensível e fantástico. O espetáculo, com direção de Dagoberto Feliz, utiliza recursos circenses como acrobacia, magia cômica e malabares.
Às 16h tem o Grupo Jurubebas de Teatro, do Amazonas, com “Desassossego”, no Teatro da Instalação, na rua Frei José dos Inocentes, no Centro, pela Mostra Ednelza Sahdo.
A peça acontece em janeiro de 2021, durante a segunda onda da pandemia de Covid-19. Isolados em seus apartamentos, três personagens compartilham um recorte do cotidiano de confinamento, com múltiplas subjetividades em novas situações vinculadas ao distanciamento social.
Com direção geral de Felipe Maya Jatobá e direção de movimento de Lia Benacon, a montagem de 45 minutos, traz no elenco Raiana Prestes, Leandro Paz e Nicka.
Cerimônia de encerramento
O encerramento, às 19h, no Teatro Amazonas, conta com a Cia Vitória Régia, do Amazonas, convidada da edição.
O grupo de teatro com direção do multiartista Nonato Tavares e mais de 40 anos de trajetória apresenta a obra “A Pequena Esperança”. A classificação é de 16 anos.
No palco, uma tragédia familiar obriga um homem a buscar refúgio em um lixão, onde é recebido por um grupo incomum de anfitriões. Nesta comunidade de excluídos, onde todos se reconhecem como iguais, apesar das diferenças, o novo inquilino dá a ideia de fundar uma república e tomar de vez o lixão para si.
A dramaturgia é de Geiber Teixeira, que também integra o elenco formado ainda por Agnaldo Martins, Ana Carolina Souza, ChiCOKAboco, Cleber Ferreira, Cybele Bentes, Daniely Peinado, Gabriel Mota, Isabela Lillo, Koia Refkalefsky, Socorro Papoula, Sthéfanny Azevedo e Tainá Andes.
A programação completa está disponível na página do Instagram do Festival.
Com espetáculos gratuitos, o Festival de Teatro da Amazônia é viabilizado, pela primeira vez, pela Lei Federal de Incentivo à Cultura via Ministério da Cultura – Governo Federal: União e Reconstrução, apresentado pelo Nubank e organizado pela Federação de Teatro do Amazonas (Fetam), com apoio da Weg, do Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, e da Prefeitura de Manaus via Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult).