Para a pesquisadora Nadine Marques, o padrão alimentar envolve cultura, individualidade e variedade
Você é o que você come. Essa frase é sempre muito usada e pode até parecer ultrapassada, mas ela é muito mais importante do que se imagina. A cultura, características individuais e regionais são fundamentais para a construção de um padrão alimentar saudável e sustentável.
“De forma geral, esses padrões são baseados em alimentos in natura e minimamente processados, ou seja, aqueles mais próximos de como encontramos na natureza e que costumamos chamar de ‘comida de verdade’. É o caso das frutas, legumes, verduras, do arroz e feijão, e outros cereais e leguminosas, além dos ovos e carnes não processadas“, diz a pesquisadora Nadine Marques, da Cátedra Josué de Castro de Sistemas Alimentares Saudáveis e Sustentáveis da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP.
Ela ainda acrescenta que alimentos pouco processados podem estar presentes, como queijos e pães, em quantidades moderadas. Porém, os ultraprocessados devem ser evitados.
Fatores
Mesmo que os alimentos em si sejam um dos principais pontos de uma dieta sustentável e saudável, é preciso considerar outros aspectos para a sua composição: “Padrões alimentares saudáveis e sustentáveis também respeitam a cultura alimentar e os alimentos característicos de cada região, e esses alimentos e preparações precisam ser valorizados em cada região”, explica a pesquisadora.
Na realidade dos brasileiros, a mandioca e o açaí, no Norte, as frutas do Cerrado, no Centro-Oeste, e o cuscuz, no Nordeste, podem ser considerados exemplos da variedade regional dos alimentos.
Além disso, Nadine acrescenta que “a variedade, a moderação e o equilíbrio são características fundamentais de dietas saudáveis e sustentáveis em geral”. Para saber mais sobre os componentes desses padrões alimentares e como introduzi-los, é possível consultar o Guia Alimentar para a População Brasileira do Ministério da Saúde.
Fonte: Jornal da USP