Na segunda-feira (14), o sargento do exército, Israel Felipe Lima de Amorim, 28, foi preso suspeito de matar Isaías Lopes da Silva, 29, durante uma briga de trânsito no dia 28 de agosto de 2022, na avenida Cosme Ferreira, bairro Zumbi dos Palmares, zona leste da capital. Vítima levou um tiro no pescoço.
Isaías havia acabado de sair de uma festa de aniversário e retornava para casa, quando teve o desentendimento com o sargento no trânsito, os dois bateram boca enquanto dirigiam e de repente, Israel Felipe sacou a arma e fez um disparo que acertou o pescoço de Isaías. Ele chegou a ser socorrido e encaminhado para o Hospital e Pronto Socorro Dr. João Lúcio, mas não resistiu e foi à óbito.
Segundo a delegada Débora Barreiros, adjunta da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), na ocasião do crime, Israel dirigia um carro modelo Honda Civic quando encostou na lateral do veículo de Isaías. A vítima chamou a atenção do sargento por causa da imprudência já que Israel descia um viaduto de ré e na contramão. Após a briga no trânsito, o autor do crime perseguiu a vítima.
“Depois desse alerta, a vítima seguiu seu caminho, mas o autor o perseguiu por ter sido xingado e foi tomar satisfação. Ele [Israel] emparelhou o seu carro com o da vítima e deu um disparo de arma de fogo na cervical dela. Inconsciente, Isaías perdeu o controle do veículo, subiu o canteiro central e bateu o carro”, explicou a delegada.
Ainda de acordo a polícia, as investigações apontaram que o Honda Civic era do Rio de Janeiro e foi vendido para terceiros até chegar no sargento. Em depoimento à polícia, Israel confessou o crime e tentou justificar que só revidou o xingamento com um tiro.
“Ele tentou justificar o injustificável. Ele não acha que cometeu um crime grave e alegou que estava defendo sua honra. Ele também contou no dia do crime estava dirigindo embriagado pois tinha terminado um relacionamento”, disse a adjunta da DEHS.
O sargento não repassou as informações sobre o acidente para seus supervisores e continuou vivendo normalmente, trabalhando, como se nada tivesse acontecido. A arma usada no crime é de uso pessoal de Israel e também foi apreendida. O homem vai responder por homicídio por motivo fútil e ficará à disposição da Justiça.
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