Alegando oneração dos cofres públicos, o prefeito David Almeida deve pedir que a Justiça do Amazonas reconsidere a decisão que determinou a desativação do aterro na AM-010 e, consequentemente, a abertura de um novo espaço para depósito do lixo da capital amazonense.
“A prefeitura tem seu próprio aterro, que é o aterro da população de Manaus. Nesse momento, não posso sair da nossa casa para ir para a casa de um particular, pagando R$ 90 milhões por ano. Vamos apresentar a proposta de que a prefeitura vai continuar a gerenciar o seu aterro sanitário, na AM 010”, afirmou o prefeito em entrevista à TV Amazonas.
Há duas semanas, a Terceira Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Amazonas decidiu que a prefeitura tem um prazo de 45 dias para transferir o aterro de lugar e apresentar um plano para resolução efetiva do problema, além de recuperação de danos ambientais causados pelo atual aterro, que tem contaminado o solo com chorume.
A gestão de David resistia em explicar à população, desde então, o que estava planejando sobre o aterro na AM-010. Nesse meio tempo, surgiu a informação sobre um outro aterro sanitário, da empresa Marquise, aberto na BR-174.
O local virou alvo de críticas de deputados e vereadores devido ao alto potencial de poluição da bacia do Tarumã, uma vez que fica rodeado de igarapés afluentes desse rio.
O prefeito disse que há projetos sendo elaborados que atendem, justamente, às demandas ambientais do aterro sanitário e citou exemplos como a criação de uma usina fotovoltaica e a transformação de chorume em adubo orgânico para produtores rurais.