O espetáculo “Cabaré Chinelo” está de volta ao Teatro Gebes Medeiros no mês que o Ateliê 23 celebra 10 anos de atuação no cenário cultural amazonense. As apresentações acontecem nos dias 24, 25, 31 de agosto e a agenda se estende até 1º de setembro, com sessões às 20h.
Os ingressos estão disponíveis no Shopingressos (shopingressos.com.br) e pelo Instagram (@atelie23). A classificação é 18 anos.
A produção inspirada na pesquisa do historiador Narciso Freitas propõe uma imersão entre 1900 e 1920, com a história de Mulata, Balbina, Antonieta, Soulanger, Felícia, Laura, Joana, Luiza, Enedina, Sarah, Maria e Gaivota. O projeto em parceria com a companhia argentina García Sathicq traz, 100 anos depois, uma denúncia sobre mulheres vítimas de um grande esquema de tráfico internacional e sexual no início do século XX, na capital do Amazonas.
No elenco estão Vivian Oliveira, Sarah Margarido, Andira Angeli, Julia Kahane, Thayná Liartes, Fernanda Seixas, Daphne Pompeu, Daniely Peinado, Vanja Poty, Ana Oliveira, Bruna Pollari, Allícia Castro, Taciano Soares e Eric Lima, além dos músicos Yago Reis, Guilherme Bonates e Stivisson Menezes.
A nova temporada da peça em Manaus compõe a programação de aniversário da companhia de teatro, que traz entre os destaques a estreia do curta-metragem “Ensaio de Despedida”, dirigido por Eric Lima, no Festival de Cinema da Amazônia – Olhar do Norte 2023, no dia 23 de agosto, às 20h, no Teatro Amazonas. Segundo Taciano Soares, diretor do grupo, não tem melhor forma de comemorar uma vez que o Ateliê 23 também vem de três apresentações em São Paulo, no Sesc Pinheiros e Festival Internacional de Teatro de São José do Rio Preto, além de ter conquistado o prêmio de melhor atuação nacional no 8º Festival Internacional de Cinema da Diversidade Sexual e de Gênero de Goiás, com a personagem Belinho, do filme “A Bela é Poc”, primeiro curta do grupo.
“Estamos muito felizes com o reconhecimento do nosso trabalho. Fiquei muito honrado, surpreso e feliz porque o trabalho empático que construímos”.
Afirma o artista.
Premiado
Desde a estreia, em outubro de 2021, no Teatro Amazonas, o curta “A Bela é Poc” tem circulado por festivais, como Circuito Penedo de Cinema, em Alagoas; edição de 2022 do Festival de Cinema da Amazônia – Olhar do Norte, na capital amazonense; Shorts México, um dos maiores festivais de curtas-metragens da América Latina; e KASHISH Mumbai International Queer Film Festival, evento anual LGBT que acontece em Mumbai, na Índia.
O filme, que faz parte de um projeto que inclui o clipe “Glowria” e a videodança “Azul”, participou ainda da “Expedição Cultural”, do Governo do Amazonas por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, e foi exibido em nove cidades do interior.
“Tenho muito orgulho de falar disso, porque, embora tenha classificação 16 anos e trate da homofobia de forma poética, mas muito dolorida, o filme teve uma aceitação maravilhosa”.
Comenta Taciano Soares.
O enredo narra a trajetória de Belinho, um homem gay que tem o sonho de ser artista, mas é vítima de homofobia e violência.
“O Belinho foi um filho muito desejado, então desde a estreia dele, as pessoas comprovaram para nós como a personagem tem uma adesão muito grande. As pessoas se identificam, se emocionam e reconhecem”, destaca o diretor. “É uma figura parte de mim. Eu percebo, apesar de ter muito da minha vida como homem gay, mas o Belinho é uma composição muito especial e eu fico honrado com o meu trabalho como ator sendo reconhecido nesses outros lugares também”.