Os dados referentes a maio do sistema Deter-B, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), apontam uma queda de 10% nos alertas de desmatamento na Amazônia em comparação ao mesmo período no ano passado, um total de 812 km² de alertas de desmatamento. Mato Grosso (379 km²), Pará (195 km²) e Amazonas (148 km²) foram os estados com mais alertas nesse mês. No acumulado dos cinco primeiros meses de 2023 (1.986 km²) a queda foi de 31% frente ao mesmo período de 2022.
Rômulo Batista, porta-voz do Greenpeace Brasil, explica que ações do governo federal podem ter influenciado a segunda queda consecutiva nos alertas de desmatamento.
“O viés de baixa, que indica uma possível atenuação da ação criminosa de desmatadores, grileiros e madeireiros ilegais, pode estar relacionada com a volta da atuação do Ibama”.
“MAIS INDEPENDÊNCIA DO ÓRGÃO, APLICAÇÃO DE MULTAS E ADOÇÃO DE EMBARGOS PARECEM DAR SINAIS POSITIVOS”
REFORÇA.
O porta-voz do Greenpeace Brasil, contudo, faz uma importante ponderação sobre os dados apresentados. Segundo ele, no acumulado de agosto a maio, o que se observa é a maior área de alertas de desmatamento registrada, evidenciando a urgência de o governo, em todas as suas instâncias, ampliar esforços para derrubar a taxa oficial, medida entre agosto e julho do ano seguinte.