Pacientes cadastrados no Sistema Único de Saúde (SUS), que foram diagnosticados como hipertensos ou diabéticos, devem atualizar suas fichas cadastrais nas Unidades Básicas de Saúde de Manaus. O principal objetivo da atualização dos dados é assegurar o acompanhamento adequado realizado pelas equipes da Atenção Primária à Saúde (APS).
Somente de janeiro a abril deste ano, foram 153.312 atendimentos voltados aos hipertensos na capital amazonense. Já os diabéticos, foram 87.126 usuários atendidos com a condição crônica na rede pública municipal.
Os números são da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa). Conforme a chefe do Núcleo de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Circulatórias e Diabetes, Nádia Brito, usuários hipertensos e diabéticos são acompanhados para a realização de exames e consultas periódicas, entre outros serviços da APS.
A falta de atualização dos dados pode dificultar o trabalho das equipes da atenção básica.
“Muitos pacientes mudam de telefone ou endereço, não atualizam os dados no sistema de saúde e não são mais localizados, quando o agente comunitário de saúde entra em contato ou realiza a busca ativa daquele usuário”, relata.
Nádia orienta as pessoas com condições crônicas atendidas na rede municipal a buscar uma unidade de saúde sempre que ocorra mudança de dados cadastrais, evitando possíveis interrupções no tratamento. “O usuário deve periodicamente se dirigir à unidade e atualizar seus dados. Isso é essencial para que possamos dar continuidade ao acompanhamento”.
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Cadastro e atendimento de hipertensos e diabéticos
Quando um paciente é diagnosticado com hipertensão arterial sistêmica ou diabetes mellitus, o primeiro passo é procurar uma unidade da Semsa Manaus para realizar a inscrição no HiperDia, programa do Ministério da Saúde criado em 2002 e voltado ao cadastro e acompanhamento desses usuários pelo SUS.
Após o cadastro, por meio do Prontuário Eletrônico do Cidadão (PEC), os usuários iniciam um acompanhamento que inclui consultas a cada seis meses, no mínimo; avaliação neuromotora e exame de Índice do Tornozelo Braquial; estratificação de risco cardiovascular; e exames laboratoriais e de raio-X.
Dentre esses serviços para hipertensos e diabéticos, Nádia Brito destaca a estratificação de risco cardiovascular (RCV) como fundamental para reconhecer as pessoas e classificar risco e vulnerabilidade a partir de suas necessidades, possibilitando a organização das ações coletivas e individuais (plano terapêutico) que a equipe de saúde pode oferecer.
“O objetivo do plano é gerar qualidade de vida para aquela pessoa que tem hipertensão arterial ou diabetes mellitus”, resume a gestora.