A taxa de analfabetismo no estado do Amazonas apresentou queda, passando de 5,1% em 2019 para 4,9%, em 2022. Essa é uma ótima notícia para o estado, que vem trabalhando duro para melhorar a educação da população.
Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). A região Norte do país ainda enfrenta desafios em relação ao analfabetismo, com o Acre apresentando a taxa mais alta, de 8,5%, e Roraima a mais baixa, de 3,9%.
No entanto, é importante ressaltar que a taxa de analfabetismo entre pessoas com 40 anos ou mais teve a maior queda percentual, passando de 10,3% em 2019 para 9,7% em 2022. Isso indica que os esforços de alfabetização estão alcançando as pessoas mais velhas, o que é fundamental para a inclusão social.
Por outro lado, a taxa de analfabetismo entre pessoas brancas sofreu um aumento, indo de 2,6% em 2019 para 3,6% em 2022. Esse aumento chama atenção para a necessidade de políticas públicas que contemplem a diversidade racial e promovam a educação para todos.
Apesar disso, a taxa de pessoas com ensino médio completo avançou no estado, passando de 31,8% em 2019 para um patamar ainda mais alto em 2022. Isso demonstra que a educação está avançando no estado e que os esforços para reduzir o analfabetismo estão dando resultado.
No Estado, a taxa de analfabetismo das pessoas de 15 anos ou mais recuou de 5,1% em 2019, para 4,9% em 2022. Vê-se aí uma redução de 0,2 ponto percentual (p.p.), ou seja, menor que a alcançada no Brasil (0,5 p.p.), no mesmo período. Também alcançou a menor taxa da série, iniciada em 2016.
Analfabetismo é maior na população mais velha
Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), do IBGE, referente à educação no país em 2022, identificaram que no total, 148 mil pessoas em todo Estado não sabiam ler e escrever.
“O analfabetismo segue em trajetória de queda, mas mantém uma característica estrutural: quanto mais velho o grupo populacional, maior a proporção de analfabetos. Isso indica que as gerações mais novas estão tendo maior acesso à educação e sendo alfabetizadas ainda crianças, mas permanece um contingente de analfabetos, formado principalmente, por pessoas idosas que não acessaram à alfabetização na infância/juventude e permanecem analfabetas na vida adulta”
OBSERVA A COORDENADORA PESQUISAS POR AMOSTRA DE DOMICÍLIOS DO IBGE, ADRIANA BERINGUY.
As taxas de analfabetismo ficaram em 18,4% entre as pessoas de 60 anos ou mais; 9,7% entre as pessoas com 40 anos ou mais; 6,3% entre aquelas com 25 anos ou mais e 4,9% entre a população de 15 anos ou mais.
Por outro lado, a taxa de analfabetismo das pessoas de 40 anos ou mais foi a que mais caiu, reduzindo-se em 0,6 ponto percentual (p.p) frente à encontrada em 2019.
No Amazonas, os grupos com ensino fundamental incompleto ou completo tiveram quedas entre 2019 e 2022. A taxa de pessoas com o ensino fundamental incompleto chegou a 24,2%, uma queda de 3,8 p.p., se comparado a 2019, quando a taxa era de 28%. Esta foi a queda mais acentuada, proporcionalmente, desde o início da série em 2016 para o Estado.
A taxa de pessoas com o ensino fundamental completo ficou em 7,6%. Em 2019 ela era de 8,3%. Em contrapartida, a taxa de pessoas com ensino médio completo avançou de 31,8%, em 2019, para 35,8% ano passado.
O aumento foi de 175 mil pessoas. A taxa de pessoas com ensino superior completo também avançou no Estado, chegando a 12,8%, um aumento de 51 mil pessoas se comparado a 2019 (11,8%).
Em sete anos, o percentual de pessoas de 25 anos ou mais de idade ,com pelo menos o ensino básico obrigatório, aumentou. Em 2016 era de 49%, em 2019 era de 54,7% e no ano passado alcançou 57,8% no Estado.
O percentual de pessoas, de 25 anos ou mais, com ensino médio completo, ensino superior incompleto e ensino superior completo também teve um salto na taxa de alfabetização, no Amazonas, de 29,9%, em 2016, para 35,8% em 2022.
A quantidade de pessoas sem instrução, de 14 anos ou mais de idade; subiu de 120 mil ,em 2019, para 147 mil em 2022, no Amazonas.
Situação de estudo e ocupação entre analfabetos
No Amazonas a taxa de analfabetismo reduziu entre pessoas, de 15 a 29 anos não estão ocupadas e não frequentam escolas, em 0,6%. Porém ainda permanece num patamar elevado de 25,4% ou seja, são 286 mil jovens nesse condição.
Entre os não ocupados e frequentando escola, a taxa de 2022 foi de 27,2%, tendo apresentado uma redução em relação a 2019 (29,6%).