Conflitos fundiários, grilagem de terras, invasões, desmatamento, mineração ilegal, entre outras questões ambientais transformam os estados que compõe a Amazônia Legal em uma zona arriscada para os ativistas pelos direitos humanos.
É o que revelou o levantamento ‘Na Linha de Frente: violações contra quem defende direitos humanos’, realizado pela Justiça Global e Terra de Direitos.
Entre os estados da Amazônia Legal com maiores índices estão o Maranhão, Amazonas, Pará, Rondônia, Mato Grosso.
Somente entre 2019 e 2022, o Amazonas registrou 19 casos de assassinatos de ativistas defensores dos direitos humanos. O quantitativo foi o segundo maior registrado no país
1º Maranhão: 26 assassinatos
2º Amazonas: 19 assassinatos
3º Pará: 19 assassinatos
Ao todo, foram 69 assassinatos de ativistas notificados e 296 casos de violência como ameaças, agressões físicas, atentados, criminalização, deslegitimação, importunação sexual.
A maioria das vítimas foram ativistas indígenas e negros, com 296 e 123 violações, respectivamente.
A população indígena foi a mais assassinada durante os anos de 2019 e 2022, ao todo, foram registrados 50 assassinatos de ativistas indígenas.
Em junho deste ano, o assassinato do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips completou um ano. O caso repercutiu internacionalmente e expôs a realidade vivida pelos ativistas na Amazônia.
Os dois desapareceram enquanto faziam uma expedição para uma investigação na Amazônia, e foram vistos pela última vez no dia 5 de junho de 2022, quando passavam em uma embarcação pela comunidade de São Rafael, no município Atalaia do Norte.
Bruno e Dom foram mortos a tiros e os corpos, esquartejados, queimados e enterrados.