A indústria de motocicletas instalada no Polo Industrial de Manaus (PIM) alcançou um marco histórico no primeiro quadrimestre de 2023. Foram produzidas 513.879 unidades, o que representa um crescimento de 16,8% em relação ao mesmo período de 2022, quando foram fabricadas 439.817 unidades.
Esse foi o melhor resultado para os quatro primeiros meses do ano desde 2014, quando foram produzidas 559.075 motocicletas.
Os dados são da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), que atribui o desempenho positivo à alta demanda por motos no país.
Segundo o presidente da entidade, Marcos Antonio Bento, a motocicleta se consolidou como um meio de transporte econômico, ágil e seguro.
“O ritmo atual das linhas de produção está dentro do planejado para atingirmos a estimativa de fabricar 1,55 milhão de unidades este ano. Com isso, vamos crescer aproximadamente 10% em relação a 2022”
AFIRMA BENTO.
Ele ressalta, porém, que há fatores socioeconômicos que podem afetar o mercado, como a alta das taxas de juros, o acesso ao crédito e a diminuição do poder aquisitivo da população.
Vendas em alta
As vendas no varejo também registraram um crescimento expressivo no acumulado do ano. Foram licenciadas 478.178 motocicletas, um aumento de 25,1% em relação ao mesmo período de 2022 (382.380 unidades).
Assim como a produção, esse foi o melhor resultado em nove anos para os quatro primeiros meses do ano.
Com 63.449 unidades e 52,5% de participação no mercado, a categoria Street ficou em primeiro lugar no ranking de emplacamentos em abril. A Trail ficou em segundo lugar (23.115 motocicletas e 19,1% dos licenciamentos) e a Motoneta, em terceiro (16.190 unidades e 13,4%).
Exportações
Nos quatro primeiros meses do ano, as fábricas instaladas no PIM exportaram 13.935 motocicletas, retração de 4,1% na comparação com o mesmo período de 2022 (14.533 unidades).
Segundo levantamento do Comex Stat, que registra os embarques totais de cada mês, analisados pela Abraciclo, a Colômbia foi o principal destino, com 5.130 motocicletas e 27,9% do volume exportado.
A Argentina, que recebeu 5.036 unidades, ficou em segundo lugar (27,4% das exportações). Na terceira posição do ranking, ficaram os Estados Unidos (2.462 motocicletas e 13,4% do total exportado.
Em abril, o volume exportado somou 3.659 unidades, 7,3% menor ao registrado no mesmo mês do ano passado (3.946 motocicletas) e 30,1% superior às 2.813 unidades embarcadas em março.
As posições do ranking mensal foram as mesmas do acumulado do ano: Colômbia (1.190 motocicletas e 40,8% das exportações), Argentina (810 unidades e 27,8%) e Estados Unidos (225 unidades e 7,7%).
A perspectiva da Abraciclo é que sejam exportadas 59.000 unidades, alta de 6,6% na comparação com o ano passado (55.338 motocicletas embarcadas).