No Amazonas, o custo médio da construção civil variou 0.13%, em abril, frente a março. A variação foi 0,14 ponto percentual menor do que a observada em março de 2023. Apesar da desaceleração na alta dos custos, os números mostram que, no Estado, a alta do custo da construção por metro quadrado foi de 2,96 no ano (janeiro a abril). Esta variação é a maior de toda a região Norte, no período, e a segunda maior entre as unidades da federação. Os dados foram divulgados hoje (12) pelo IBGE.
Nos últimos 12 meses, a alta da Construção Civil, no Amazonas, foi de 13,10%. O índice mostra que apesar de os custos sofrerem altas a cada mês, estes vem desacelerando, visto que em fevereiro a variação dos últimos 12 meses alcançou índice maior, de 16,37% de alta acumulada.
No Brasil, a variação do custo médio, por metro quadrado, da Construção Civil, no mês de abril, foi de 0,27%, mantendo estabilidade em relação a alta do mês anterior. A variação percentual dos custos do setor no país alcançou, no quadrimestre, 0,86% de alta. Nos últimos 12 meses, a alta do custo médio, por metro quadrado, no país, foi de 8,05%.
No Amazonas, o preço da mão de obra (R$ 623,37) manteve-se estável, com relação ao mês anterior, e o preço dos materiais de construção continuam maiores do que a média do país, com nova alta entre março e abril. Em abril, o custo médio do material foi de R$ 1.105,05, no Estado. Isso equivale a um acréscimo de R$ 2,21 em relação a março.
Em abril, no Brasil, o preço da mão de obra, no valor de R$ 686,85 apresentou variação, frente ao mês anterior (R$686,53). Já o preço dos materiais de construção subiu de R$ 1.002,60 em março, para R$ 1.006,82, em abril, o que impactou na alta dos custos por m² da construção no mês, que chegou a R$ 1.693,67. No país, tanto o componente material quanto o componente mão de obra apresentam altas desde o início do ano.
Nordeste registra a maior alta entre as regiões
Entre as grandes regiões, o Nordeste registrou a maior variação em abril (0,52%). A região teve alta na parcela dos materiais em sete dos seus nove estados. Além disso, houve a influência do aumento nas categorias profissionais em Sergipe, estado que registrou a maior alta do mês (2,33%). Depois do Nordeste, a maior variação veio do Sul (0,47%), seguido pelo Sudeste (0,12%). O Norte (0,07%) e o Centro-Oeste (0,03%) também ficaram no campo positivo.
Ranking dos custos
A alta nos preços da construção civil no Amazonas, de 0,13%, em abril, em relação ao mês anterior, posicionou o Estado numa posição intermediária (20º), entre as unidades da federação. Os menores índices foram os de Rondônia, -0,08%, Minas Gerais, -0,09%, e Pará, -0,11%; e os maiores foram os do Sergipe, 2,33%, Pernambuco, 0,94%, e Roraima, 0,74%.
O custo médio da construção civil no Amazonas, de R$1.728,42, em abril, segue como o 11° mais alto do ranking das unidades da federação. Os menores custos foram os de Sergipe (R$ 1.522,93), Alagoas (R$ 1.528,62) e Espírito Santo (R$1.545,09); e os maiores custos, os de Santa Catarina (R$ 1.916,43), Rio de Janeiro (R$ 1.841,40) e Acre (R$ 1.817,24).
O custo médio do material de construção no Amazonas, de R$ 1.105,05, foi o 5º maior entre as unidades da federação. Os menores custos de material foram observados em Sergipe (R$ 947,43), Alagoas (R$ 937,99) e Espírito Santo (R$ 942,68); e os maiores custos, no Acre (R$ 1.187,91), Tocantins (R$ 1.122,89) e Rondônia (R$ 1.108,30).
O custo médio da mão de obra no Amazonas, de R$ 623,37, foi o 19º do ranking das unidades da federação. Os menores custos de mão de obra, observados em abril, foram os do Ceará (R$ 575,76), Rio Grande do Norte (R$ 585,97) e Pernambuco (R$ 588,02); e os maiores custos, os de Santa Catarina (R$ 863,48), Rio de Janeiro (R$ 806,00) e São Paulo (R$ 787,90).
Custo médio de construção de casa popular atinge R$ 2.184,29, o m², no AM
A pesquisa também apresenta o custo de projeto, por tipo de projeto e também por padrão de acabamento. No Amazonas, em abril, um projeto num prédio residencial, no térreo, com cinco pavimentos, tinha um custo médio de R$ 1.490,95, com padrão de acabamento normal. Já a casa popular de um quarto tinha custo médio de R$ 2.184,29; e a de dois quartos, custo de R$ 2.009,14. A casa residencial completa com dois quartos, tinha, por sua vez, custo médio de R$ 1.986,81.
As estatísticas do SINAPI são fundamentais na programação de investimentos, sobretudo para o setor público. Os preços e custos auxiliam na elaboração, análise e avaliação de orçamentos, enquanto os índices possibilitam a atualização dos valores das despesas nos contratos e orçamentos.